Mauro Baamonde e Adolpho Sabino
A questão relativa ao aborto nunca mereceu tanto debate quanto atualmente. Este é um tema que envolve amplos setores da sociedade, tornando-se necessário desse modo, uma análise crítica que evidencie fatos e conclusões que nos possibilitem compreender o alcance dessa discussão.
A prática do aborto é considerada ilegal pelo atual Código Penal, em vigor desde 1940. Segundo Decreto-Lei 2848, de 7 de dezembro de 1940 (artigos 124 a 127), somente duas modalidades de aborto não são puníveis: o aborto terapêutico - feito como tentativa de salvar a vida da gestante - e o aborto sentimental - decorrente de gravidez por estupro. O Código Penal, que atualmente vigora em nosso país, data de 1940 e é o terceiro existente no Brasil. Os dois primeiros, de 1830 e 1890, eram bem mais rigorosos que o atual, não prevendo a exceção do aborto para salvar a vida da mãe ou em caso de gravidez decorrente de estupro, conforme se tem hoje.
Deve-se ressaltar que atualmente se utilizam do argumento que a mulher tem direito sobre o seu próprio corpo. Devemos relativizar isso, pois o feto não é prolongamento do corpo da mãe. Se não fosse a placenta, naturalmente, o corpo da mulher iria expelir o organismo estranho que se desenvolveu em seu corpo.
Outra questão a se pensar: Se a mulher tem o direito de decidir sobre seu corpo, se tomarmos como estimativa que 50% dos fetos são do sexo feminino, tais seres humanos, femininos, não tiveram direito de escolha. A embriologia, a medicina fetal constataram de maneira conclusiva que a vida começa a partir da concepção!
Nos EUA onde a prática abortiva não é considerada criminosa, constatou-se que as mulheres que fizeram aborto estão propensas com mais incidência à depressão e ao suicídio. Não quero me ater aqui ao campo religioso, pois se tal fosse o meu direcionamento, julgariam que eu estivesse embasado tão-somente em dogmatismo. Tais informações que aqui mencionei, e que não são as únicas a contrapor tal calamidade, são eminentemente científicas.
O Espiritismo quanto a esse aspecto, tem uma vasta literatura em que são mostrados os prejuízos espirituais que a prática do aborto incita, tanto para o espírito que estava de alguma forma ligado ao processo reencarnatório quanto para quem praticou tal ato.
Na atualidade, existem organismos de defesa do meio ambiente e animais, mas quando nos remetemos à vida humana, os discursos são contraditórios e nunca consensuais. E Instituições que deveriam auxiliar para a elucidação das massas quanto aos prejuízos do aborto estão fugindo do papel reflexivo que eles poderiam incutir na população!
O aborto coloca-se como problema cuja existência concreta não pode ser ignorada na atualidade exigindo uma ampla discussão pela sociedade brasileira.
Como cidadãos conscientizados, e designados a expandir a boa nova em vista da renovação íntima do ser humano, diante de uma sociedade com tantos problemas sociais, é de fundamental importância que tenhamos o empenho de informar e esclarecer, seja de maneira científica ou abordando as conseqüências espirituais advindas desse ato.
A conscientização será a luz de um novo dia!
Fonte: Verdade e Luz, edição nº 264, 2008
Federação Espírita do Estado do Mato Grosso – www.feemt.org.br
Fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=389948
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