O perito em saúde familiar da Faculdade de Medicina da Universidade do Chile, Elard Koch, advertiu que uma eventual despenalização do aborto na Argentina faria que a cifra estimada em 47 mil abortos provocados suba para mais de 113 mil em 2020.
"De maneira nenhuma a legalização do aborto reduz a prática abortiva. Precisamente ao contrário, a eleva. A prova disto são os dados que brindam as estatísticas dos países europeus onde foi legalizada", afirmou.
Do mesmo modo, segundo o Centro de Bioética, Pessoa e Família, o perito chileno indicou que atualmente o número real de abortos clandestinos na Argentina seria de 47 mil, e não 460 000 como querem afirmar à opinião pública.
Durante sua exposição de 2 de março na Sala 1 da Câmara de Deputados da Nação, Koch explicou que no caso do Chile, a proibição do aborto em 1989 não aumentou a taxa de mortalidade materna, e que pelo contrário esta diminuiu junto com o número de abortos clandestinos.
Segundo a nota, o perito indicou que o fator mais importante para reduzir a mortalidade materna é a educação das mulheres. "O Chile apresenta a mais baixa mortalidade materna da América Latina, similar a de países desenvolvidos. O risco de morrer por aborto é virtualmente nulo na atualidade", afirmou.
Questão científica
Por sua parte, a deputada Cynthia Hotton advertiu que recordou que "a legislação Argentina defende a vida desde o início, desde a concepção. Esta defesa a favor da vida não é uma questão ideológica mas uma questão com valor científico".
"Hoje se põe em jogo o direito à vida, o direito a nascer. Mas não vamos baixar os braços. Sei que somos milhões os cidadãos que estamos dispostos a liderar a batalha a favor das milhões de crianças que ainda não nasceram. É fundamental dar voz a quem não tem voz", afirmou.
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