Estudo apresentado pela Federação Portuguesa pela Vida
LISBOA, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) - Após cinco anos de legalização do aborto em Portugal, a Federação Portuguesa Pela Vida apresentou hoje, em Lisboa, um estudo sobre a evolução da realidade do aborto em Portugal.
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O Engº Francisco Vilhena da Cunha, responsável pelo Gabinete de Estudos da FPV, apresentou um estudo sobre a realidade legal do aborto em Portugal, a partir dos números oficiais da Direção Geral de Saúde.
A Federação Portuguesa pela Vida (FPV), foi fundada em 2002, é uma Instituição que reúne em vínculo federativo Associações e Fundações que tenham por objeto e finalidade a defesa da Vida Humana, desde o momento da concepção até à morte natural, a promoção da dignidade da Pessoa Humana e o apoio à Família e à Maternidade.
As principais conclusões destacadas foram : Desde 2007 realizaram-se em Portugal mais de 80 mil abortos legais “por opção da mulher”; a reincidência do aborto tem vindo a aumentar consideravelmente. Em 2010, houve 4600 repetições de aborto, das quais mil representaram duas ou mais repetições; as complicações do aborto legal para a mulher têm vindo a aumentar todos os anos, registando-se mesmo uma morte em 2010 (facto que não acontecia desde 1987); a intensidade do aborto é maior nas mulheres mais instruídas, com idades compreendidas entre os 20 e os 35 anos; desde o primeiro ano da implementação da lei houve um aumento de 30% no número de abortos por ano (15 mil no primeiro ano e 19 mil nos últimos anos); desde os anos 80, Portugal acumula um défice de 1.200.000 nascimentos, necessários para assegurar a renovação das gerações e a sustentabilidade do País. Desde 2010 que esse gap não é compensado pela emigração.
Os dados do aborto fornecidos pela Direção Geral de Saúde têm vindo a perder transparência e rigor: não há relatórios semestrais desde 2009 e a informação contida nos relatórios é menor desde 2007.
Após a apresentação do estudo sobre a realidade legal do aborto, houve uma mesa redonda com Grupos Parlamentares da Assembléia da República, moderada pela Dra. Isilda Pegado, presidente da FPV.
Por Maria Emília Marega
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