2010-01-19
O número de abortos na Rússia aproxima-se do de nascimentos, segundo dados revelados hoje pela ministra russa de Desenvolvimento Social, Tatiana Golikova.
Em 2008, nasceram na Rússia 1 milhão e 714 mil crianças, mas o número de abortos registados foi de 1 milhão e 234 mil, disse a ministra, durante um encontro do Conselho da Rússia dedicado à política demográfica.
Neste contexto, Tatiana Golikova defende que a redução do número de abortos é "um recurso real para aumentar a natalidade".
A ministra diz que é necessário "realizar trabalho de esclarecimento entre as jovens nas escolas, para que compreendam as consequências negativas do aborto". Por outro lado, reconheceu, a situação económica e social "exerce grande influência na decisão das mulheres" de abortar.
O Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, declarou, na mesma reunião, que apesar de durante quatro anos de ter havido "uma tendência sólida de crescimento da natalidade e de redução da mortalidade, há regiões onde a situação é desfavorável".
"Em média, na Rússia, a mortalidade infantil e entre as mães é várias vezes maior do que nos países mais desenvolvidos do mundo", acrescentou.
Para contrariar estas tendências, Dmitri Medvedev propõe "o emprego de tecnologias modernas na assistência às crianças durante o primeiro ano de vida", a "profilaxia do alcoolismo e da toxicodependência, o desenvolvimento da educação física e do desporto, a garantia de uma alimentação saudável e completa".
O presidente russo defende ainda que os órgãos do poder devem "interagir mais activamente com as organizações sociais e de beneficência, que prestam ajuda às famílias, mulheres e crianças".
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