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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

NENHUMA MULHER ABORTA POR QUALQUER RAZÃO?

Nenhuma mulher aborta por qualquer razão ?

Irene Vilar, uma serial killer norte-americana é noticiada no jornal ionline como "viciada em abortos".Durante os 16 e os 33 anos, diz que engravidou e matou 15 filhos. Aparece agora aos 40 como coitadinha e vítima, vendendo o livro com a história dos seus crimes. Descrita profissionalmente como "editora de sucesso", Vilar é inteligente, e socialmente bem inserida (um "prodígio" que entrou na Universidade aos 15 anos e foi casada com um professor de literatura). Engravidava por opção e não por "acidente". E por opção, ao longo dos anos matou 15 vidas humanas que se geraram e carregava no seu útero. Eis um exemplo horrível do nível a que pode chegar o apetite humano pela maldade.

Em Portugal, a Esquerda legalizou a premeditada matança de bebés com menos de 10 semanas. E um dos slogans mais invocados pelos mentirosos foi o de que as mulheres nunca abortam por motivos fúteis. Mesmo sem conhecer a história de Irene Vilar, qualquer pessoa séria compreende a insanidade dessa posição. Basta ter uma visão realista do que é a natureza humana. A futilidade do acto de matar alguém é relativa aos olhos de quem o comete. Para certas pessoas, o prazer de matar é muito importante e central nas suas vidas. Mas para a Esquerda a espécie humana é por definição bondosa e meiguinha. E se é de mulheres que falamos, as feminazis estão no topo do altruísmo inato.

Se esta conversa de que as mulheres só abortam por motivos fortes fosse verdade, eles teriam de definir objectivamente que motivos fortes são esses, e de explicar como eles estão acima do direito à vida ( o direito sem o qual não pode existir logicamente nenhum outro.) Como esses motivos não existem (nenhum ser humano pode ser condenado à morte sem culpa) e eles sabem que não existem, defenderam a liberalização da matança com um salto de fé irracional. Não conhecem todas as mulheres, mas agiram como se soubessem que nenhuma é capaz de abortar sem as razões ditas "fortes". O que é uma mentira grotesca.

E repare-se: mesmo que ela fosse uma verdade absoluta e irrefutável, eticamente só poderia justificar um combate nacional a esses "motivos fortes" que já tivessem sido identificados como os únicos que levassem as mulheres a abortar. E não à autorização para as mulheres abortarem por tais razões. Por isso, quando o abortista vem com esta conversa devemos confrontá-lo como mentiroso ou cúmplice confesso com abortos. Se ele está seguro de que as mulheres só abortam por razões mesmo fortes e sérias, tem de dizer quais são essas razões para que os outros analisem se o são realmente. Se não disser, é mentiroso. Se disser quais são essas razões, ele terá de provar como sabe que as mulheres só abortam por isso. Se o fizesse, depois ainda teria de explicar porque defendeu o aborto no Serviço Nacional de Saúde e não a utilização desse ou qualquer outro serviço do estado para combater as razões que ele alega serem as únicas pelas quais as mulheres abortam.

A maior prova de que as mulheres capazes de abortar, por princípio, abortam por qualquer razão, sobretudo se o acto for legal e financiado pelo estado; é o aumento do aborto em Portugal desde 2007. Vamos ser ingénuos e dar como certo que os números do primeiro ano após a nova lei foram todos transferência de abortos clandestinos para abortos legais. Que todas aquelas mortes eram inevitáveis porque feitas por razões fortíssimas, e que assim foi uma coisa linda permitir que elas ocorressem no SNS, para que as mulheres não corressem também risco de vida ao matar os filhos. Como se explicaria então que o aborto aumentou no ano seguinte, e no seguinte e no seguinte... ? Quer dizer, será que uma lei promovida como "direito humano da mulher" ou "oportunidade de escolha" e defendida com argumentos desta categoria:

"Já imaginaram a miséria que é ter um filho, porque não se teve dinheiro para fazer um aborto?"

...não passa a mensagem às mulheres de que abortar é perfeitamente aceitável ?

A trágica ironia é que para justificar o aborto, a feminazi é capaz de dizer que ter um filho é uma coisa miserável que pode ser corrigida com dinheiro, e momentos depois está a gritar histericamente que nenhuma mulher é capaz de abortar por motivos fúteis.

Está visto que muitas mulheres realmente imaginam a miséria que é ter um filho, e disponibilizando o estado a legalização e financiamento do acto, escolhem envenená-lo e/ou esquartejá-lo antes que ele nasça. Só as feminazis e os seus lacaios acham que a mulher é uma espécie humana superior.

Quando se trata de discutir o que é um motivo fútil ou forte para matar inocentes, a diferença entre os dois é nenhuma. O desejo de poder matar à vontade aquele que nos provoca maus sentimentos e expectativas para o futuro, não é diferente em nada do desejo de o matar para ter bons sentimentos.

O vício de Irene Vilar, para além dos mesmos resultados práticos, tem a mesma motivação de qualquer defensor da legalização do aborto. Matar, porque se quer matar. Poder matar, quando se quer matar.

Recomendo a leitura de um texto muito importante de Orlando Braga: O estatuto de semi-deusa da mulher no nosso direito positivo: "Segundo o nosso ordenamento jurídico, e para além do aborto indiscriminado e usado como um método anticoncepcional, a mulher tem direito de vida e de morte sobre um bebé recém-nascido."


 


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