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quarta-feira, 9 de maio de 2012

A SAÚDE PÚBLICA E O ABORTO


SANTOS, Ivanaldo. A saúde pública e o aborto. In: A Ordem, Natal, ano XL, n. 16, 15 de abril de 2012, p. 8.
Ivanaldo Santos (ivanaldosantos@yahoo.com.br)
Filósofo
Em 2012 a Campanha da Fraternidade (CF-2012) trás como tema a saúde pública. Um tema de suma importância, pois, a muito tempo a saúde pública no Brasil encontra-se em estado lastimável.  A rede pública de saúde está sucateada, falta investimentos na infraestrutura, em pesquisas científicas e em equipamentos.
Aproveitando o momento esclarecedor trazido pela CF-2012, alguns grupos pró-aborto resolveram levantar a bandeira da legalização dessa prática, dizendo que se trata, entre outros fatores, de um problema de saúde pública. Os grupos pró-aborto geralmente contam com forte apoio na grande mídia, com a simpatia de setores da classe artística e do Estado.
Os grupos pró-aborto andam espalhando a história que é preciso legalizar o aborto no Brasil, porque está ocorrendo, por ano, mais de um milhão de abortos e 200 mil mulheres estão morrendo por causa dessa prática.
Se essa história for verdadeira, então realmente estamos diante de um problema de saúde pública. É por causa dos números que são apresentados sobre o aborto que é preciso construir dois sérios esclarecimentos.
1.                      É muito difícil sustentar que no Brasil estejam sendo praticados um milhão de abortos por ano e morrendo, vítimas dessa prática, 200 mil mulheres. O motivo é que não há uma única pesquisa que apresente, de forma séria e detalhada, esses números. O próprio Ministério da Saúde não tem informações detalhadas sobre o tema e apresenta um número reduzidíssimo de mulheres que morrem vítimas de abortos. De acordo com esse ministério em 2011 morreram vítimas dessa prática aproximadamente 40 pessoas, ou seja, um número infinitamente inferior aos apresentados pelos grupos pró-aborto. O ministro da saúde, o Sr. Alexandre Padilha, em entrevista ao jornal O Globo, de 19/02/2012, afirmou que deve ter havido “alguma confusão” com os números apresentados pelos grupos pró-aborto, pois oficialmente só há no Brasil 1.880 mortes por mortalidade materna. Sem contar que, até agora, não foi apresentada nenhum pesquisa pública que comprove a veracidade dos números apresentados pelos defensores do aborto. O movimento provida tem solicitado reiteradamente que as informações sobre a pesquisa que aponta para 200 mil mulheres vítimas do aborto por ano sejam reveladas publicamente. No entanto, até agora, nada foi esclarecido. Por isso, estamos diante de uma espécie de “números fantasmas” que afirmam a existência de um problema, mas que não consegue demonstrar a existência do mesmo. Por causa disso, vários analistas, como, por exemplo, Wagner Moura e o jornalista da revista Veja, Reinaldo Azevedo, têm denunciado que esses números não passam de supervalorização dos dados reais sobre o aborto com o intuito de enganar a população e, com isso, legalizar o aborto de forma fraudulenta.
2.                      O aborto é uma prática desumana, antiética, que fere os direitos e a dignidade da pessoa humana. A existência de um único aborto e de uma única mulher vítima dessa prática devem ser totalmente rejeitadas. O nascituro é a mais frágil das criaturas que não tem qualquer possibilidade de defesa. A mãe, a gestante, e o feto devem ser protegidos contra toda forma de violência e de problema de saúde pública, inclusive do aborto. Por causa disso, ao invés de se ficar falando que é preciso legalizar o aborto, porque se trata de uma questão de saúde pública, é preciso que o Estado e a sociedade civil invistam na proteção da mulher, principalmente da mulher gestante, e do nascituro. A legalização do aborto não trará nenhuma solução para qualquer problema de saúde do Brasil. Pelo contrário, vai apenas aumentar e potencializar a morte de bebês indefesos e o sofrimento das mulheres. A sociedade precisa, com urgência, de investimentos em campanhas educativas de conscientização da população sobre os males físicos e psicológicos causados pelo aborto, em valorização da natalidade e da gestação, em campanhas para a paternidade responsável, afinal o homem é parte integrante na gestação, em valorização da mulher grávida e do bebê que ela carrega em sue ventre. O aborto não é nenhum problema de saúde pública. O verdadeiro problema de saúde pública é o Estado garantir uma gravidez saudável e o direito que o nascituro tem de nascer.

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