Do exemplo de Chen Guangcheng ao estudo-piloto Y-VarViac
ROMA, segunda-feira, 14 de maio de 2012 (ZENIT.org). "Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro - Do exemplo de Chen Guangcheng ao estudo-piloto Y-VarViac" é o título da Conferência Científica realizada em 12 de maio na Faculdade de Bioética do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum (APRA), no décimo aniversário de sua fundação.
A conferência foi dedicada ao famoso dissidente chinês pró-vida Chen Guangcheng, que denunciou esterilizações e abortos forçados por parte do Governo de Shadong. Suas recentes aventuras, como a fuga, o refúgio na embaixada dos EUA em Pequim e a hospitalização, foram notícia no planeta inteiro.
O encontro teve a participação do Dr. Renzo Puccetti, médico e ensaísta; do pe. Gonzalo Miranda, LC, decano da Faculdade de Bioética do ateneu; do prof. Giuseppe Noia, da Universidade do Sagrado Coração de Milão; do prof. Carlo Bellieni, membro da Academia Pontifícia para a Vida; de Ettore Gotti Tedeschi, presidente do Instituto para as Obras Religiosas (IOR) e destacado economista; e de monsenhor Ignacio Barreiro, da Human Life International.
Constance Miriano, autora do livro "Case-se e seja submissa" e coordenadora da associação Silent No More Awareness nos Países Baixos, participou dando seu depoimento.
A conferência apresentou dados do estudo-piloto Y-VarViac (Youth-Value Related Vision on Abortion and Contraception, ou Visão sobre aborto e contracepção em relação com o valor Juventude), iniciado por pesquisadores da Faculdade de Bioética do Regina Apostolorum, destinado a explorar os conhecimentos e as escalas de valor sobre as questões do início da vida a partir de uma grande amostra de jovens do ensino médio.
Entre os resultados mais relevantes dos dados preliminares, aparece a supervalorização da possibilidade de gravidez numa única relação sexual. De acordo com as informações dos autores do estudo, os jovens acreditam que uma relação sexual apresenta 70% de possibilidade de levar a uma gravidez, número que é 20 vezes maior do que a possibilidade real.
Além da confiança exagerada na capacidade da pílula do dia seguinte para evitar a gravidez, este resultado explica em parte a alta demanda por essas pílulas por parte da população mais jovem.
De acordo com os professores Leonardo Macróbio e Renzo Puccetti, responsáveis pela pesquisa, é significativo que, entre as meninas que já tomaram a pílula do dia seguinte, dois terços se digam contrárias a produtos que possam interferir mesmo que potencialmente na implantação do embrião. É um dado que, se confirmado, levanta sérias dúvidas sobre a integridade das informações fornecidas na prescrição da pílula, e se torna ainda mais preocupante quando se considera que esta oposição é manifestada por pelo menos metade das meninas.
Na era da globalização, é cada vez mais importante, mas também mais difícil, navegar nestas questões sem se perder no mar de possibilidades que surgem. O Departamento de Bioética pretende oferecer um serviço para aqueles que precisam de uma "bússola" para navegar nesta matéria, tanto para entender melhor as questões em debate quanto para dar um encaminhamento àqueles que atuam na área da saúde humana.
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