Em entrevista por telefone com o grupo ACI no dia 17 de janeiro sobre a meia sanção preliminar que recebeu no Uruguai o projeto que visa descriminalizar o aborto, o também Bispo de Melo disse que a Igreja continuará trabalhando pelo direito à vida para que "siga presente na consciência e no coração dos uruguaios", mesmo que as leis deixem de reconhecê-lo.
Antes que a medida fosse aprovada pelo Senado no último 27 de dezembro, véspera do dia dos inocentes no país, que recorda o massacre ordenado pelo rei Herodes para crianças menores de dois anos, com o propósito de eliminar o Menino Jesus, o bispo disse que alguns no Uruguai manifestaram que o fato é "uma triste coincidência para um fato muito triste".
Ele lembrou que por ocasião do Bicentenário a CEU enviou uma carta pastoral no mês de novembro, na qual manifestou sua posição contra qualquer legislação que promove o aborto.
O Prelado reiterou a posição da Igreja no Uruguai sobre "a necessidade de defesa da vida desde o momento da concepção, como é cientificamente provado que já aí existe vida humana com todo o seu potencial."
Nesse sentido, o bispo acrescentou que desde a perspectiva da fé "os pais devem colaborar na obra criadora de Deus, que é dar vida a um ser humano."
Além disso, na premissa de que chegarão a aprovar a lei sobre o aborto no país, Dom Bodeant disse que a Igreja não ficará nas lamentações, mas seu esforço para defender a vida persistirá.
O bispo disse que a CEU trabalhará "pelo respeito ao valor mais alto, o valor primeiro, o valor da vida que está completamente indefeso no início da gravidez".
Por outro lado, referindo-se às ações que a Igreja no Uruguai terá antes do reinício da discussão desta lei em março, Dom Bodeant disse ao grupo ACI que "a Igreja não está em recesso" ao contrário das instituições do Estado, e com a assembléia de bispos vai voltar a tratar com mais força este tema.
Os bispos enviaram no último dia 05 de dezembro uma carta aos senadores na qual afirmam que "a posição de todos os bispos que compõem a Conferência Episcopal do Uruguai (que está), em consonância com o Magistério da Igreja Católica em todo o mundo”, defende a vida desde a concepção até a morte natural.
O aborto induzido é a eliminação ou assassinato de um ser humano no útero de sua mãe. A doutrina católica e a lei natural concordam que esta prática jamais pode ser justificada porque ninguém tem o direito de decidir sobre a vida de outra pessoa, menos ainda sobre a dos mais fracos e inocentes, os não-nascidos.
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