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quarta-feira, 27 de junho de 2012

PROMOTORES DO ABORTO ADMITEM DERROTA NA CONFERÊNCIA RIO+20


Timothy Herrmann
RIO DE JANERIO, 20 de junho (C-FAM) Numa exibição surpreendente de solidariedade, um grupo diversificado de países se uniu à Santa Sé para removerem, com êxito, toda menção de direitos reprodutivos ou controle populacional do documento final produzido durante a última rodada de negociações da ONU na conferência Rio +20 nesta semana.
Nos seis meses passados, o Fundo de População da ONU (FNUAP) junto com a Noruega e Islândia, e Católicas pela Escolha e a Federação Internacional de Planejamento Familiar, trabalharam febrilmente juntos para tirar vantagem da conferência Rio +20 sobre desenvolvimento sustentável a fim de promover tanto um direito internacional ao aborto quanto o controle populacional.
Católicas pela Escolha distribuiu várias publicações e declarações fazendo de alvo óbvio a influência única do Vaticano dentro da ONU como Observador Permanente. Num recente informe, esse grupo afirmou que a “tendência da Santa Sé de insistir em posições periféricas que a colocam longe dos que estão no consenso predominante” mina “o consenso internacional sobre direitos humanos e provoca um retrocesso nas normas e princípios que são igualmente valorizados pelos países membros da ONU”.
Contudo, as negociações no Rio nesta semana mostram que a Santa Sé, longe de estar na “periferia” entre as nações, é líder de consenso. Junto com a Santa Sé, Nicarágua, Chile, Rússia, Honduras, Síria, República Dominicana, Costa Rica e Egito todos rejeitaram a introdução de “direitos reprodutivos” no documento final da Rio +20.
A Nicarágua, que é dirigida por um governo esquerdista, foi talvez o mais contundente, e insistiu em que as delegações cessassem de “lutar em torno do termo direitos reprodutivos” que “todo país sabe que é um código na ONU para se referir ao aborto”. A delegação nicaraguense apontou para o fato de que foram a Noruega e a Islândia, não a delegação da Santa Sé, que estavam minando o consenso ao imporem “questões proibidas” que forçariam os países a concordarem com um documento que está “em conflito direto com suas leis e legislação nacional”.
A delegação do Chile fez declaração semelhante, declarando o “direito à vida” como “incompatível com o termo direitos reprodutivos” e questionando ainda mais sua inclusão num documento que tem o objetivo de tratar de desenvolvimento sustentável.
No começo da semana passada, deixou-se clara a ligação polêmica entre direitos reprodutivos e desenvolvimento sustentável quando a Nova Zelândia junto com a Noruega, a Islândia, os Estados Unidos, o Canadá, a Suíça, a UE e a Austrália pediram a inclusão do termo “dinâmica populacional” do FNUAP no mesmo parágrafo de saúde sexual e reprodutiva.
A Rússia e a Santa Sé, junto com os países do G77 não perderam tempo em apontar que o termo, particularmente quando colocado no mesmo parágrafo de planejamento familiar, era uma tentativa de “promover o controle populacional” como meio de alcançar o desenvolvimento sustentável. Essa frase também foi tirada do documento.
Durante a conferência tanto a UE quanto as delegações da África permaneceram a maior parte do tempo em silêncio sobre o termo direitos reprodutivos e controle populacional, mas por razões diferentes. As delegações africanas por exemplo estão com medo de que se abrirem a boca os financiamentos de que dependem desesperadamente serão cortados por organizações como o FNUAP. A UE, por outro lado, não abriu a boca a fim de não quebrar o consenso dentro de seu próprio grupo, considerando que três países, inclusive a Irlanda, permanecem solidamente pró-vida.
As feministas pró-aborto já estão se queixando sobre sua perda no Rio. Vicky Markham do Centro do Meio-Ambiente e População escreveu nas páginas do RH Reality Check para levantar o alarme sobre a derrota iminente delas. “As negociações na linguagem preliminar da Rio+20 que inclui ‘mulheres’ e ‘direitos reprodutivos’ deram uma grande virada para pior… e as coisas parecem muito ruins de acordo com relatórios vindo do local…” Ela disse que as ONGs estavam organizando uma grande marcha no centro da conferência ontem de tarde para protestar contra a perda delas. Parece ter sido pequena demais e tarde demais.
Tradução: Julio Severo

ABORTO FORÇADO DE MULHER GRÁVIDA ENFURECE INTERNAUTAS CHINESES


Fonte:Jack Phillips – Epoch Times
Fotos de uma mãe deitada ao lado de seu filho de sete meses de idade, abortado em um hospital da cidade de Ankang, Província de Shaanxi, causou indignação entre os usuários chineses da Internet, o que provocou um tremendo debate sobre a política do regime do filho único.
Feng Jianmei, a mãe da criança abortada, foi tirada à força de sua casa no dia 2 de junho, enquanto seu marido estava ausente no trabalho, por funcionários do planejamento familiar. O sequestro foi realizado porque ela estava grávida de uma segunda criança, violando a política de um único filho no país e porque ela não podia pagar a multa contra estabelecida em 40.000 yuan (6.270,00 dólares); por esse motivo, ela foi forçada a fazer um aborto. A renda familiar média anual urbana na China é de 21.000 yuan (3.296,00 dólares).
Em 11 de junho, o site de direitos humanos 64Tianwang publicou a história, com fotos da criança abortada, e a reação na internet foi intensa. Depois de apenas dois dias, foram feitos mais de 300.000 comentários usando o termo de busca “aborto de mulher grávida de sete meses ” no serviço de microblog Sina Weibo na China.
Inicialmente, as autoridades municipais de Ankang, defenderam o aborto. No entanto, na quinta-feira, dia 14 de junho, a cidade exigiu que o chefe do departamento da família em um município vizinho e outros funcionários fossem demitidos, enquanto está sendo feita uma investigação sobre o incidente. A notícia foi divulgada no China News, citando um comunicado emitido pelo governo local. Ao mesmo tempo, o governo local da cidade de Ankang, também expressou um “sincero pedido de desculpas” para Feng e sua família, bem como para a sociedade.
Cheng Xiaonong, um especialista em assuntos da China residente nos EUA e que já foi assistente do ex-premier Zhao Ziyang, sugeriu que a investigação e o pedido de desculpas podem não ser o que parecem. “Esta é simplesmente uma maneira de eliminar as críticas do público”, disse Cheng Xiaonong. “Depois disso, não se sabe como o caso será tratado pelo governo”.
Chai Ling, o chefe do grupo norte-americano, “Todas as meninas são permitidas”, que trabalha para se opor à política do filho único e contra o “generocídio” resultante dessa prática, falou com Feng Jianmei e seu marido Deng Jiyuan, na noite de 11 de junho.
Deng Jiyuan disse que no hospital a mulher foi contida e cobriram sua cabeça com uma fronha. Eles tiraram sua impressão digital e pressionaram seu dedo contra o termo de consentimento ao aborto, a fim de mostrar que ela havia consentido com o aborto. Eles então injetaram toxinas no cérebro do feto. “Eu podia sentir o bebê pulando dentro de mim o tempo todo, mas instantes depois parou”, disse Feng Jianmei.
Depois de um longo e doloroso trabalho de parto, sem anestesia, o bebê nasceu morto no início da manhã de 4 de junho.
Chai Ling disse que sua organização descobriu que os funcionários do planejamento familiar na região onde mora Feng Jianmei iniciaram, no mês passado, uma campanha de abortos forçados. O regime deu uma nota baixa aos funcionários, devido ao “excesso da cota de nascimentos”, acrescentou, salientando que o caso de Feng Jianmei, é um exemplo do esforço da região para realizar mais abortos para atender às demandas dos dirigentes.
Reação dos Internautas
Um usuário do Twitter na China, disse que os autores do aborto forçado “devem ser punidos de acordo com as leis internacionais de homicídio”.
Outro usuário do Twitter, Huang Qianhong, lembrou  que sua prima também foi vítima da ação de um escritório local de planejamento familiar em 2009; ela também viveu as mesmas condições de aborto forçado com o bebê que deveria nascer dentro de 10 dias. “Até hoje, ela continua extremamente magra e com a saúde debilitada”, devido a complicações físicas e psicológicas do aborto forçado” escreveu Huang Qianhong.
Relatórios da mídia do interior da China dizem que Feng Jianmei ficou psicologicamente traumatizada após o aborto.
Outro usuário do Twitter, com o nome Tufu Wugan, viu o incidente como um indicativo do estado dos direitos humanos na China. “Eu admito que tive muito receio de ver as fotos horríveis do aborto forçado da mulher grávida de sete meses em Shaanxi,” escreveu Tufu Wugan. Quem se atreve a dizer que as nossas condições de direitos humanos são cinco vezes melhores do que as dos Estados Unidos? Tal ato vergonhoso só poderia ter sido cometido em nosso país”.
Feng Jianmei contratou um advogado, Zhang Kai. O Website dos direitos humanos da China Aid informou que Zhang Kai prometeu que, se os recursos legais dentro da China falharem, ele vai “procurar a ajuda de grupos internacionais de direitos humanos, as Nações Unidas e outros grupos, independentemente do risco político”.
Fonte: http://portuguese.ntdtv.com/news/china/aborto-forcado-de-mulher-gravida-enfurece-internautas-chineses/

SEDE DE SANGUE INOCENTE: SÓ O ABORTO SACIA AS FEMINISTAS DA ONU


ESCRITO POR STEFANO GENNARINI | 17 JUNHO 2012 
Nem sob o governo do PT, que tenta das formas mais espúrias legalizar a matança de fetos, o Brasil conseguiu agradar às comissárias feministas da ONU. Relatório do país recebeu críticas por não apresentar políticas de acesso irrestrito ao aborto. 

GENEBRA, 15 de junho (C-FAM) - O Comitê da CEDAW, encarregado de monitorar a implementação da Convenção para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres (CEDAW), avisou o Brasil que seu sistema democrático de elaboração de leis é uma ameaça aos “direitos sexuais e reprodutivos”, e o Comitê continua a insistir em que o aborto ilegal tem um impacto negativo na mortalidade materna.
Em suas Observações Finais, no fim da consideração do relatório brasileiro em Genebra em março, o Comitê disse que “lamenta que mulheres que passam por abortos ilegais continuem a enfrentar sanções criminais no Brasil e que a liberdade das mulheres gozarem saúde e direitos sexuais e reprodutivos está sendo colocada em perigo por vários projetos de lei que estão sob consideração no Congresso Nacional, tais como o PL 478/2008 (Estatuto do Nascituro).”
Não é a primeira vez que o Comitê disse para delegações que a cultura, leis e sistema de elaboração de leis de seus países estão abaixo do padrão por causa de restrições ao aborto. O Comitê tem agido assim mais de uma centena de vezes. O que é novidade é o Comitê se pronunciando na legislação que ainda não foi adotada, num país com um sistema democrático bem estabelecido.
O Comitê insiste em que as mulheres têm de ter acesso ao aborto, apesar das medidas estabelecidas pelo governo brasileiro para reduzir a mortalidade materna e infantil. Em seu relatório, o Brasil mencionou uma nova campanha chamada Rede Cegonha cujo objetivo é fornecer assistência materna e neonatal para mulheres de baixa renda.
O Comitê não se importou com essa campanha porque “está preocupado que essa campanha não consiga de modo suficiente lidar com todas as causas de mortalidade materna por meramente focar em serviços de assistência às mulheres grávidas”. O Comitê está evidentemente se referindo ao que os promotores do aborto chamam de “aborto inseguro”. O primeiro estudo epidemiológico sobre o efeito do aborto ilegal na mortalidade materna mostrou que não há nenhuma evidência de que legalizar o aborto reduz a mortalidade materna total.
O Comitê da CEDAW está seguindo o exemplo da Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Navanethem Pillay, cujo gabinete fornece apoio logístico para todo o sistema de direitos humanos da ONU. Numa recente conversa, ela sugeriu claramente que a partir da perspectiva de direitos humanos o aborto e a contracepção são mais importantes do que a assistência de saúde materna e neonatal.
“Embora intervenções focadas nos aspectos de saúde da mortalidade materna se concentrem na qualidade da assistência às mulheres grávidas, uma análise de direitos humanos exige que examinemos se as mulheres têm uma escolha em decidir engravidar em primeiro lugar, ou a escolha de buscar a assistência que elas requerem sem ter de obter permissão de parentes do sexo masculino”, disse Pillay.
Outros comentários feitos pelo Comitê nesta última sessão incluíram referências a mulheres e adolescentes que são vítimas “por causa de padrões culturais conservadores”, brechas nas legislações em questões como “desenvolvimento genético, avanços tecnológicos e orientação sexual” e um comentário sobre o Judiciário do Brasil descrevendo como “reproduz estereótipos sociais com uma atribuição predominantemente patriarcal de papéis sociais”.

Publicado no 'Friday Fax' do C-FAM com o título Comitê da CEDAW critica sistema democrático de elaboração de leis no Brasil'.

Tradução: 
Julio Severo

LEGALIZAÇÃO DO ABORTO PARA ALCANÇAR SUSTENTABILIDADE?



Organizações não governamentais (ONGs) presentes à Rio+20 defenderam nesta quarta-feira (14) a legalização do aborto como forma de alcançar o desenvolvimento sustentável. Para Alexandra Garita, representante da Internacional Women Health Coalison (Coalisão Internacional pela Saúde das Mulheres), os países devem garantir às mulheres a possibilidade de abortar com segurança e evitar o nascimento de crianças que não terão acesso a saúde, educação e padrões mínimos de qualidade de vida. “As mulheres já abortam hoje e muitas morrem. É importante que elas possam fazer isso com segurança”, afirmou. Garita também defendeu acesso gratuito a métodos contraceptivos e a informações sobre como evitar a gravidez.

O coordenador da Federação Internacional de Estudantes de Medicina, Mike Kamus, também defendeu o aborto como forma de garantir desenvolvimento sustentável. “Do meu ponto de vista pessoal, é preciso garantir o aborto com segurança. Milhares de mulheres morrem tentando abortar. As que levam uma gravidez indesejada até o fim, muitas vezes, não têm condição de dar uma vida de qualidade aos filhos”, afirmou. Segundo ele, é preciso “dar aos jovens o direito de decidir”. [...]

A secretária-geral da International Trade Union Confederation, Sheran Burrow, criticou as medidas adotadas pelos países desenvolvidos diante da crise financeira internacional. A organização representa interesses sociais de trabalhadores de todo o mundo. “Atualmente dois terços da população dizem que as futuras gerações enfrentarão condições piores do que as nossas. As pessoas estão perdendo as esperanças”, afirmou. [...]


Nota: Você pensa que já viu de tudo neste mundo, né? Olha só: para salvar o planeta, matam-se crianças! Como escreveu a jornalista Bianca Oliveira hoje de manhã, no Twitter, “é preferível matar grama a matar crianças”. Além disso, é bom lembrar que incentivar o aborto é crime contra a humanidade. Segundo Sheran Burrow, “atualmente dois terços da população dizem que as futuras gerações enfrentarão condições piores do que as nossas. As pessoas estão perdendo as esperanças”. Como não perder as esperanças num mundo que valoriza mais a grama em que pisa do que a vida humana? A solução está no aborto ou no combate à pobreza e à desigualdade? Aborto ou planejamento familiar e conscientização de que o único sexo seguro é o praticado no contexto matrimonial? Parece que isso dá muito trabalho e vai contra os antivalores pregados pela dita sociedade moderna. Mais fácil mesmo é matar pessoas.[MB]

sexta-feira, 8 de junho de 2012

MENINAS ABORTADAS JOGADAS COMO ALIMENTO AOS CÃES


Según recoge el diario India Today, algunos doctores de la ciudad de Beed, en el estado de Maharashtra, tienen perros que se alimentan de fetos humanos procedentes de los abortos que realizan.


La razón de esta práctica es ocultar las pruebas de que se está eliminando selectivamente a las niñas, pues el aborto por selección de sexo está prohibido en el país, aunque de hecho se practica y tolera.



La denuncia la ha realizado Varsha Deshpande, una activista de una ONG contraria a esta práctica, y que ha presentado quejas formales a las autoridades. El ministro de Salud Pública de Maharashtra, Suresh Shetty, ha admitido que ha oído hablar de los hechos, pero que carece de pruebas para perseguirlos.



Beed es la ciudad del estado con peor ratio de mujeres nacidas: 801 por cada  1000 niños, un brutal desfase del 20% que se consigue a base de infanticidios y abortos selectivos.



El pasado viernes una mujer de 28 años, embarazada de seis meses, que tenía cuatro hijas y esperaba otra, murió durante la operación quirúrgica para eliminarla, lo que ha provocado la detención del matrimonio que dirigía el abortorio. Según Deshpande, no es la primera vez que les arrestan por lo mismo, pero consiguen salir a la calle y proseguir con su negocio porque el dinero que ganan con él les permite comprar influencias.



En 2010 la organización de Deshpande consiguió grabar a ese médico, Sadam Munde, admitiendo que tenía cinco perros, a quienes daba de comer los fetos de niñas asesinadas. Según la activista, hay incluso un testigo que "vio cómo se arrojaba un feto a los animales, esto lo sabe todo el mundo en Beed, pero la policía no hace nada porque Munde es influyente"... y no es el único que lo hace.



El mismo ministro Shetty reconoce que los funcionarios que investigan estos casos son amenazados y sometidos a enormes presiones.

Fonte: http://www.religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=22823

quinta-feira, 7 de junho de 2012

MAIS UMA BRECHA PARA O ABORTO LIVRE


A redução de danos – que o governo federal pensa em aplicar a gestantes dispostas a realizar abortos clandestinos – é, na verdade, uma rendição: desiste-se de apontar o caminho correto para mostrar às pessoas como se degradar “com responsabilidade”
O Ministério da Saúde está estudando a adoção de uma política de redução de danos para mulheres que decidirem fazer um aborto clandestino, segundo reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. De acordo com as próprias fontes do ministério, o modelo ainda está em avaliação, mas consistiria em oferecer à gestante informação sobre os riscos à saúde decorrentes do aborto clandestino e os métodos existentes para a eliminação do feto. A ideia é mais uma manobra para, por vias tortas, implantar uma legalização de fato (ainda que não de direito) do aborto no Brasil.
Esta política é reprovável por vários motivos, um dos quais é legal. No Brasil, o aborto é crime, embora sem punição nos casos de estupro, risco de vida para a mãe e anencefalia (este último, após decisão do Supremo Tribunal Federal). Uma situação em que o sistema de saúde orienta gestantes sobre como fazer abortos correndo menos riscos equivale a uma cumplicidade com o crime. A argumentação de Helvécio Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do ministério, segundo a qual o crime é apenas o aborto em si, e não a oferta de informação para cometer o ato, não se sustenta, já que o artigo 29 do Código Penal prevê pena igual para “quem, de qualquer modo, concorre para o crime (...) na medida de sua culpabilidade”.
Não se trata de minimizar a aflição de uma gestante que, muitas vezes constrangida por circunstâncias familiares ou financeiras, decide abortar; mas é fato que todo aborto provocado é a eliminação deliberada de um ser humano indefeso e inocente. O modelo uruguaio, em vigor desde 2004 e que seria a inspiração da proposta brasileira, prevê um aconselhamento sobre alternativas ao aborto, como a entrega do filho para a adoção; a partir desta conversa, a gestante ainda ganha tempo para refletir sobre a decisão a tomar. Este é o único aspecto louvável da política que o Ministério da Saúde vem estudando, pois busca preservar o direito da criança à vida.
O próprio conceito da “redução de danos”, que já costuma ser aplicada em casos como os de dependentes de drogas, esconde uma perversidade. Ele parte do pressuposto de que, já que o indivíduo vai, inevitavelmente, cometer atos degradantes, é melhor agir para que as consequências dessas ações sejam minimizadas. Mas a redução é, na verdade, uma rendição: desiste-se de apontar o caminho correto para mostrar às pessoas como se degradar “com responsabilidade”. Na prática, a redução de danos cria duas categorias de pessoas: aquelas que podem acabar com si mesmas, desde que no processo não prejudiquem os demais; e o restante da população, que não “mereceria” ser vítima da falta de conscientização alheia. É uma ofensa à dignidade daqueles que deveriam ser dissuadidos de suas más ações, cometidas muitas vezes porque já falta a esses indivíduos o domínio de si próprios.
A população brasileira não quer o aborto livre – fato demonstrado por inúmeras pesquisas. Todas as tentativas de legalizar a prática foram, até o momento, barradas pelo Congresso Nacional. É lamentável que, na contramão do desejo dos cidadãos e da garantia do direito fundamental à vida, o governo federal siga insistindo em maneiras de contornar a legislação e permitir a eliminação indiscriminada de inocentes.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

EUA MANTÉM ABORTO SELETIVO DE MENINAS


A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos rejeitou na última quinta-feira (31) um projeto de lei para punir médicos que realizarem aborto seletivo por sexo, que costuma ser empregado para interromper a gestação de meninas.

O texto obteve 246 votos contra e apenas 168 a favor, em uma votação na qual era necessário o apoio de 290 deputados. A rejeição, entretanto, deveu-se menos ao mérito e mais ao conteúdo. O projeto permitiria a abertura de um processo criminal contra o médico pelos parentes ou marido da paciente.

"Essa é mais uma intromissão dos republicanos no direito de escolha da mulher", atacou o deputado democrata Jim McDermott. Autor do projeto, o republicano Trent Franks lembrou que a Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, condenara a prática no mundo inteiro. "Somos o único país avançado que não restringe esse tipo de aborto", afirmou Franks. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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