São inúmeros os fatores que aumentam as chances de uma mulher desenvolver câncer de colo de útero, muitos deles evitáveis. Entre esses, estão o cigarro e o uso constante da pílula.
O cigarro é o fator ambiental mais significante para o aparecimento da doença, quem fuma tem duas vezes mais chance de desenvolver este tipo de câncer do que aqueles que não o fazem.
A malignidade aumenta significativamente de acordo com o número de maços consumidos por dia e também com o tempo de uso do cigarro (meses, anos ou décadas).
O fumo inibe a ação da proteína P53, que garante o bom funcionamento do sistema imunológico do corpo. Com a imunidade deficiente, o combate à doença fica prejudicado e uma infecção de HPV pode evoluir para um câncer de colo de útero mais facilmente.
“Já fizemos vários trabalhas onde comprovamos o que diz a literatura médica: o cigarro piora o prognóstico da evolução do HPV, bem como retarda o tempo de eliminação do mesmo”, afirma Nelo Manfredini Neto, ginecologista do Hospital Samaritano, de São Paulo.
“O cigarro tem uma característica interessante: ele acumula principalmente na região cervical, mais particularmente no muco cervical. Essas moléculas fazem com que o vírus possa ficar na região por mais tempo, ou seja, persistir mais”, explica Luisa Villa, coordenadora do Instituto do HPV.
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Uma revisão de 28 estudos descobriu que mulheres que fazem uso de contraceptivos orais têm mais chances de ter câncer do que aquelas que nunca tomaram o remédio. O vírus responde mais por causa dos derivados de estrógeno contidos na pílula, esclarece Villa.
Outra explicação seria a redução no uso de preservativo, já que a contracepção está sendo feita com a pílula.
Câncer de colo de útero
A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção causada pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos, alerta o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Câncer de colo de útero
A principal alteração que pode levar a esse tipo de câncer é a infecção causada pelo papilomavírus humano, o HPV, com alguns subtipos de alto risco e relacionados a tumores malignos, alerta o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Segundo a entidade, são 18.430 novos casos todo ano e 4.800 vítimas fatais. No ranking, é o segundo tumor mais frequente entre as mulheres, atrás apenas do câncer de mama. É a quarta causa de morte na população feminina no País. Além disso, 44% descobrem câncer de colo de útero em estágio avançado.
A boa notícia, no entanto, é que existem formas de preveni-lo. A vacina contra o HPV, por exemplo, é uma das tecnologias mais recentes no combate à doença. Ela chegou pela primeira vez ao Brasil em 2007 e está sendo indicada para mulheres sexualmente ativas até os 26 anos. Em outros países, no entanto, já está sendo aplicada também em outras faixas etárias.
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