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sexta-feira, 3 de junho de 2011

MULHER PRÓ-ABORTO: ESCOLHO O DIREITO DE CHORAR ATÉ CAIR NO SONO

Mulher pró-aborto: escolho o direito de chorar até cair no sono

NOVA IORQUE, EUA, 3 de maio de 2011 (Notícias Pró-Família) — A vida de Kassi Underwood depois de um aborto propositado é uma que ninguém invejaria.
Kassi Underwood

Num artigo no jornal New York Daily News na segunda-feira, Underwood, uma escritora que vive em Nova Iorque, explicou como ela ainda se recusa a julgar o aborto deliberado apesar de sofrer por muito tempo pesar imenso depois de ter acabado com a vida de seu bebê.
No artigo, intitulado “Afaste suas políticas do meu sofrimento depois de um aborto propositado”, Underwood observa que organizações como a Associação Americana de Psicologia afirmam que a síndrome pós-aborto não existe — mas isso não a impede de sentir de forma aguda a perda de seu filho ausente.
Num relato que ecoa o sofrimento documentado de inúmeras outras mulheres que fizeram aborto, tais com aquelas na campanha Silent No More Awareness(Conscientização Não Mais em Silêncio), Underwood diz que três anos depois de seu aborto ela começou a ter pesadelos sobre bebês, e sentia falta de seu “filho em potencial” enquanto estava acordada. “Foi atordoante que eu conseguisse sentir tanto remorso sobre uma decisão que eu supunha escoraria a estrutura da minha identidade”, escreveu Underwood.
“Dava uma sensação de traição confessar que, longe de pensar que eu havia expelido do meu corpo uma ‘bolha de células’, eu agora ficava pensando quem teria sido a pessoa que abortei”.
Underwood indicou que a experiência de “alívio” imediato depois do procedimento de aborto prometido pela análise do Instituto Guttmacher, que é abortista, não era tão simples quanto poderia parecer para as principiantes.
“Era o tipo de alívio que senti depois de perder alguém depois de uma prolongada batalha contra o câncer: grata que o sofrimento havia terminado, mas triste que meu amado teve de ir”, notou ela.
Buscando refúgio no movimento pró-aborto ofereceu pouca ajuda para Underwood: “As emoções, aprendi, podiam ser consideradas como um calcanhar de Aquiles”, disse ela. A escritora também se queixou de um ângulo político num retiro da entidade católica Vinha de Raquel [de apoio espiritual e psicológico a mulheres que fizeram aborto] que ela foi, acusando os diretores de transformar as participantes em “instrumentos políticos” ao insistir com elas para que dissessem ao Congresso como o aborto as havia prejudicado.
Underwood diz que acabou se encaixando num movimento que incentiva as mulheres a falar sobre o aborto, mas sem julgar se o procedimento é moralmente certo ou errado.
“Eis um direito pelo qual eu participaria de marchas: o direito de chorar até cair no sono, de ansiar pelo meu bebê que se foi há muito tempo, mas de saber que eu precisava adiar minha maternidade”, concluiu Underwood. “Dá para superar a angústia contanto que eu continue falando do meu caso de forma integral, sem cortes — e fora da esfera política”.
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

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