Trinta anos após a introdução da política do filho único, as autoridades chinesas têm usado a violência e a coerção para implementá-la, de acordo com um relatório publicado nesta terça-feira, 28 de dezembro, pela entidade Defensores dos Direitos Humanos Chineses.
O relatório registra que mulheres grávidas de oito meses foram arrastadas para o hospital para realização de abortos tardio e terras foram confiscadas das famílias que não compareceram para os testes de gravidez. O documento também denuncia campanhas organizadas pelo governo para incentivar pessoas a denunciarem vizinhos que tentem descumprir a política.
O grupo de direitos humanos diz que a atual discussão sobre essa norma - se tem sido eficaz e se a população da China possui muitas pessoas idosas – perdeu o ponto. Eles dizem que a política está levando à violência generalizada, principalmente contra as mulheres.
Oficiais de planejamento familiar são incentivados e pressionados a cumprir metas, o que os leva a forçar cada vez mais abortos e esterilizações. As famílias que não cumprem a política são punidas com multas ou espancamentos brutais, e seus filhos têm educação e emprego negados.
Os Defensores dos Direitos Humanos Chineses pedem que a política do filho único seja abolida e substituída por um sistema de incentivos e melhor educação.
Fonte: “NTD TV”
No site do Instituto Millenium, leia mais sobre a China no artigo de Rodrigo Constantino, “Google versus China”, no relato de viagem (com fotos) do jornalista Claudio Mafra à China e na notícia: China proíbe família de Liu Xiaobo de receber Nobel em seu nome.
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