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sábado, 30 de outubro de 2010

Bebê nasce de embrião congelado há quase 20 anos

Embrião doado por casal foi mantido em clínica americana e transferido para útero de mulher, que deu à luz um menino.

11 de outubro de 2010 | 9h 33

Para cientistas, embriões podem permanecer congelados por décadas.

Cientistas americanos conseguiram que uma mulher de 42 anos tivesse um filho saudável a partir de um embrião que permaneceu congelado por quase 20 anos.
A técnica foi aplicada no Instituto Jones de Medicina Reprodutiva, da Escola de Medicina de Eastern Virginia, em Norfolk, na Virgínia.
A mulher que recebeu os embriões havia registrado uma baixa reserva ovariana, ou seja, baixo estoque de óvulos disponíveis, e fazia tratamento de fertilização havia dez anos.
Os médicos descongelaram cinco embriões que haviam sido doados anonimamente por um casal que realizara o tratamento de fertilização na clínica 20 anos antes.
Dos embriões descongelados, dois sobreviveram e foram transferidos para o útero da paciente. Ao fim de uma única gravidez, a mulher deu à luz um garoto que nasceu saudável.
O caso foi relatado em um artigo científico na publicação especializada "Fertility and Sterility", da Sociedade Americana para a Medicina Reprodutiva.
A equipe, liderada pelo pesquisador Sergio Oehninger, disse que não conhece nenhum caso de gravidez em que um embrião humano tenha permanecido tanto tempo congelado - 19 anos e sete meses.
"Congelar embriões é uma prática que só começou a ficar frequente nos anos 1990, então este certamente estava entre os que foram congelados logo no início deste processo", explicou à BBC Brasil o diretor científico e professor honorário do Centro de Medicina Reprodutiva da Universidade de Glasgow, Richard Fleming.
"Este é sem sombra de dúvida o caso mais antigo de que já ouvi falar, e mostra como um embrião de boa qualidade pode perfeitamente se desenvolver independentemente de ter sido gerado em 1990 ou 2010."
Tempo em suspenso
O congelamento suspende biologicamente o envelhecimento das células, e os cientistas defendem que um embrião pode permanecer neste estado por décadas.
Ate agora, o maior tempo que um embrião permaneceu congelado antes de ser transferido para o útero e gerado um bebê foi 13 anos, em um caso na Espanha.
No Brasil, o recorde é de uma mulher do interior de São Paulo que deu à luz um bebê nascido de um embrião que ficara congelado por oito anos.
Há ainda casos de pacientes que congelam suas células reprodutivas com fins terapêuticos, antes de tratamentos que podem deixá-los estéreis.
Em 2004, um casal teve um filho a partir de esperma que havia permanecido congelado por 21 anos.
Nesse caso, o pai tinha congelado espermatozoides aos 17 anos de idade, antes de começar a tratar um câncer de testículo com radioterapia e quimioterapia, que o deixaram sem capacidade reprodutiva. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

FILÓSOFOS DE GRANDE INFLUÊNCIA SE DIGLADIAM EM CONFERÊNCIA DE ABORTO

Filósofos de grande influência se digladiam em conferência de aborto

Dr. Terrence McKeegan
PRINCETON, EUA, 22 de outubro de 2010 (C-FAM/Notícias Pró-Família) — O choro de um bebê, cortando o ambiente da parte de trás do salão acadêmico universitário, ofereceu um contraponto inquietante para um argumento assombroso em favor do direito de fazer aborto.
“Um bebê não tem importância moral porque ele não tem consciência de si mesmo” disse Peter Singer, professor de bioética.
Singer argumentou esse ponto específico numa conferência histórica da qual ele foi um dos organizadores na Universidade de Princeton no final de semana, buscando novo diálogo na acalorada questão do aborto. O que é surpreendente para uma conferência que estava analisando o aborto é que não houve praticamente nenhum debate sobre o ato do aborto em si.
“Temos de nos livrar da ideia do mal”, disse Frances Kissling, promotora do direito de fazer aborto que se tornou acadêmica bioética. Kissling foi também uma das organizadoras da conferência.
No painel que ficou nas manchetes se destacavam dois filósofos australianos de grande influência — Singer, professor de bioética na Universidade de Princeton, e John Finnis, professor emérito de filosofia na Universidade de Oxford. Os dois debateram a “Condição Moral do Feto”.
Finnis argumentou que a biologia e a metafísica determinavam a condição do feto, não a ética, conforme sugeriu Singer. Finnis objetou ao próprio uso do termo “feto”, dizendo que é um “palavrão”.
“Conforme foi usada no programa e site da conferência, os quais não são contextos médicos, é ofensiva, desumanizadora, prejudicial e manipuladora”, disse Finnis. “Um site que descreve ultrassom para mulheres grávidas não fala sobre feto da mãe, mas sobre bebê da mãe, e assim agem os médicos delas, a menos que eles sejam aborteiros ou achem que elas estão interessadas em abortar propositadamente”.
Finnis frisou o ponto de que direitos são reconhecidos, não conferidos, e rejeitou a abordagem de “importância moral” de Singer, a qual nega que as crianças em gestação são pessoas.
Singer defendeu seu apoio ao infanticídio, declarando que a consciência de si mesmo confere importância moral, mas nenhum direito de ser membro de uma espécie. Aborto é matar um ser humano, mas não é imoral, pois a criança não preenche os requisitos para passar o teste da autoconsciência, disse Singer.
Em sua perspectiva utilitarista, Singer crê que poderá haver até um dever moral de matar seres humanos que carecem de autoconsciência, inclusive os deficientes, no que ele tem sido criticado, pois no caso da mãe dele, ele não seguiu o que crê.
A conferência buscou uma nova abordagem para conversar e pensar sobre aborto. Com uma ou duas notáveis exceções, a conferência teve êxito em sua meta de conduzir um debate civil entre pessoas em lados opostos da questão.
Outra meta da conferência, achar pontos em comum entre os dois lados, comprovou ser mais difícil de alcançar. A sessão de abertura começou a tocar no tópico, e incluiu um assessor jurídico geral da Federação de Planejamento Familiar [a maior rede de abortos dos EUA], que se descreveu como professor evangélico progressista pró-vida, um especialista em bioética independente, e Kissling.
Muitos participantes pró-vida se queixaram da composição de alguns painéis, inclusive a sessão de abertura, e dois painéis sobre questões de gravidez, pois havia ausência de equilíbrio e de palestrantes que estavam em condições adequadas de articular uma forte posição pró-vida.
Kissling chocou a audiência na última sessão dizendo: “Não me importo de que modo vocês vão alcançar [o direito de fazer abortos], quer por meio de uma constituição, da ONU, de leis estaduais ou federais, ou por meio do Talibã”. A Universidade da Pensilvânia, onde Kissling é acadêmica bioética visitante, recebeu críticas por nomear a ativista pró-aborto de longa data que não têm nenhuma credencial acadêmica importante.
Charles Camosy, da Universidade Fordham, e Jennifer Miller, da organização Bioethics International, também organizou a conferência. Outros palestrantes notáveis incluíram Helen Alvare, Sunny Anand, Christian Brugger, Eleanor Drey, David Garrow, Richard Garnett, William Hurlbut, Dawn Johnsen, Eva Kattay e Robin West.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10102209
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domingo, 24 de outubro de 2010

VIGÍLIA PELOS NÃO NASCIDOS

Publicado no blog Fratres in Unum:
"O Papa Bento XVI presidirá uma vigília na Basílica de São Pedro, em 27 de novembro [de 2010], pela vida dos bebês ainda não nascidos. Sua Santidade, através dos núncios apostólicos, estendeu a todo o episcopado do mundo o convite a se associar à iniciativa, segundo a Rádio Vaticano, 'a fim de estabelecer uma união espiritual com o Santo Padre e promover o compromisso e o testemunho eclesial por uma cultura da vida e do amor'."
(publicado em http://fratresinunum.com/2010/10/21/os-ouvidos-moucos-da-cnbb/)

SOBRE OBJEÇÃO DE CONSCIÊNCIA, VITÓRIA PRÓ-VIDA EM ESTRASBURGO

Entrevista com o presidente do “PPE-Cristão Democratici”, Luca Volontè
Por Antonio Gaspari
ESTRASBURGO, segunda-feira, 18 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – A Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa rejeitou no dia 7 de outubro o relatório da deputada britânica Christine McCafferty, no qual requisitava limitar os direitos fundamentais dos cidadãos à objeção de consciência, sobretudo dos que trabalham nos setores da saúde e não querem participar de práticas como o aborto e a eutanásia.
A Assembleia Parlamentar não apenas rejeitou o relatório McCafferty, como o substituiu por um novo texto no qual o direito pessoal do médico em relação à objeção de consciência seja consagrado de forma explícita.
Trata-se de uma vitória importante para o direito à vida, um acontecimento que ninguém tinha previsto. Todos os temores diante a eventual aprovação do relatório MacCafferty foram substituídos por manifestações de júbilo.
Para compreender como foi possível transformar uma resolução anti-vida numa favorável ao direito de nascer, ZENIT entrevistou o presidente do Grupo “PPE-Cristão Democratici” na Assembleia do Conselho da Europa.
ZENIT: Qual é a boa notícia? O que aconteceu na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa?
Luca Volontè: A boa notícia é que, após 60 anos de serem firmados, os solenes compromissos da Convenção dos Direitos Humanos do Conselho da Europa, estão bem e vivos.
A ação guiada por nosso grupo parlamentar, que recebeu o apoio de muitíssimas ONGs europeias, diversas igrejas cristãs e muitos expoentes leigos, não apenas ajudou a rejeitar o relatório McCaferty, que queria restringir e abolir a objeção de consciência em todos os países do Conselho, mas também reafirmou a inalienabilidade dos direitos humanos e da liberdade de consciência na Europa.
ZENIT: Como se desenvolveu o debate e como alcançou um êxito tão favorável à cultura da vida?
Luca Volontè: Um debate intenso e polêmico, em que por um lado, do PPE, queríamos explicar rapidamente que seríamos firmemente contra a destruição dos direitos humanos, e por outro, uma repetição de slogans falsos e desgastados.
Falsos porque partem da negação da realidade; de fato, todos os países do Conselho possuem previsões de saúde diretas ou indiretas que valorizam a objeção de consciência e oferecem serviços de saúde para todos.
Desgastados porque sempre apareceu a forte afirmação central da liberdade de consciência no âmbito médico, para todos os indivíduos e instituições.
Nós apresentamos razões e defendemos os direitos humanos, enquanto os socialistas repetiam constantemente apenas slogans do período da “revolução sexual”.
Assim, voto após voto, com uma tática prevista até o último detalhe, desmontamos o relatório McCafferty e o substituímos com afirmações firmes e emblemáticas sobre a liberdade e o direito à objeção de consciência.
ZENIT: Quais eram as ameaças? O que o relatório McCafferty propunha?
Luca Volontè: As ameaças eram claras, e existiam desde o início do debate em 2009: reduzir o direito à objeção de consciência para os médicos e ajustá-lo para os paramédicos e estruturas hospitalares públicas e privadas.
Ao mesmo tempo, o relatório tinha propostas perigosas de introdução do “direito humano ao aborto” e afirmações insanas, juridicamente nulas.
A aprovação do relatório era muito esperada pelos Governos socialistas (Zapatero em primeiro lugar) e, segundo pela senhora McCafferty, também pelo Tribunal de Estrasburgo, para interpretar e promover sentenças e legislações para abolir a objeção de consciência para os médicos, paramédicos e hospitais.
ZENIT: Como os resultados desse debate podem refletir na prática médica?
Luca Volontè: Agora, apesar de que a resolução não tenha mais um caráter “obrigatório” para Parlamentares e Governos, será muito mais fácil nos tribunais internos e internacionais a defesa do direito à objeção de consciência em todos os países do Conselho da Europa.
Partidos e movimentos pró-vida poderão desafiar leis injustas e intervir com mais força nos tribunais. Os espanhóis já estão se movendo nesta direção.
A partir do nosso trabalho pode nascer uma verdadeira revolução positiva para a Europa. Foi uma vitória tão concreta como simbólica.
ZENIT: Muitos consideram o êxito deste debate um sinal dos tempos, a ponta do iceberg de um modelo cultural favorável à vida que está emergindo, depois de tantos anos de cultura da morte. O que o senhor opina a respeito?
Luca Volontè: Não sei se é um sinal dos tempos, muitos movimentos pró-vida europeus devem trabalham de forma diferente, alguns já estão fazendo e os resultados estão aparecendo.
Contudo, a cultura da vida é a única esperança razoável de vida futura do continente europeu, que vive uma crise demográfica suicida.
Há portanto boas razões de esperança e muito trabalho por fazer, estamos apenas no início, mas como os peregrinos nos ensinam, o caminho começa com um passo. Sursum Corda!

Ministra da Igualdade da Espanha diz que bebês em gestação não são seres humanos

via Notícias Pró-Família de Julio Severo em 17/10/10


Matthew Cullinan Hoffman
MADRI, Espanha, 12 de outubro de 2010 (Notícias Pró-Família) — De acordo com a ministra da Igualdade da Espanha Bibiana Aído, as crianças em gestação não são seres humanos.
Em resposta a um inquérito formal feito sobre o tema do aborto por um parlamentar espanhol, Aído disse na semana passada que “o governo não pode compartilhar na afirmação de que a interrupção de uma gravidez é a eliminação da vida de um ser humano”.
“Ter um aborto não pressupõe que uma vida humana foi extinta, pois não existe uma opinião unânime com relação ao conceito de um ser humano… porque a ‘vida humana’ se refere a um conceito complexo baseado em ideias e convicções que são filosóficas, morais, sociais e, no final das contas, sujeitas a opiniões ou preferências pessoais”, acrescentou Aído.
A declaração de Aído foi feita em resposta a uma pergunta apresentada por Carlos Salvador do partido União do Povo de Navarra (UPN). Salvador por sua vez estava respondendo a uma afirmação de Aído de que “um país não tem dignidade quando mesmo que seja uma pessoa esteja sofrendo maus-tratos”.
Salvador perguntou: “Você considera ou não a eliminação da vida de um ser humano em gestação como um ato de crueldade?” E também perguntou: “Se o ato de abortar envolve a eliminação de uma vida humana, única e irreproduzível, em que princípios e valores você baseia seu argumento para aceitar, como direito da mulher, o pior ato de crueldade que se pode fazer a uma vida humana, que é sua eliminação?” A resposta de Aído foi anunciada quase seis meses depois.
Salvador diz que planeja “pedir explicações para essa tese”, que ele chamou de “alucinatória”, numa sessão plenária do Parlamento da Espanha amanhã.
O governo da Espanha, que atualmente está sendo conduzido pelo Partido dos Trabalhadores Socialistas da Espanha sob o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero, recentemente reformou a lei de aborto do país, permitindo que adolescentes até de 16 anos possam realizar abortos por quaisquer razões, sem o consentimento de seus pais. A lei é vista como fator que contribuiu para a queda dos índices de aprovação do PT espanhol. Pesquisas recentes de opinião pública indicaram que uma maioria significativa dos espanhóis planeja votar contra o partido nas eleições parlamentares deste ano.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10101209
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