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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Pedofilia e Homossexualidade

(texto copiado do blog de Julio Severo - http://juliosevero.blogspot.com)


Os ativistas homossexuais rotineiramente alegam que o homossexualismo nada tem a ver com pedofilia. Mas quer saber o que os homossexuais pensam entre si? Aliás, alguns não só pensam, mas já estão começando a abrir o armário da verdade oculta da pedofilia.
O artigo abaixo foi totalmente escrito por um homossexual assumido e foi publicado num site homossexual brasileiro. Eu o postei no meu blog a fim de que você leia, pelas próprias palavras de um homossexual, o que vem pela frente.
Agora que os ativistas homossexuais já conseguiram convencer a sociedade a ver o homossexualismo como normal, é difícil imaginar o próximo passo deles?
Veja também meus textos sobre o assunto:

Meu texto mais importante sobre pedofilia encontra-se no e-book As Ilusões do Movimento Gay que, entre os pontos, traz uma pesquisa que avaliou pedófilos heterossexuais e homossexuais. Os resultados da pesquisa apontaram:
  • 153 pederastas homossexuais tinham estuprado 22.981 meninos por um período, em média, de 22 anos.
  • 224 pedófilos heterossexuais tinham estuprado 4.435 meninas por um período, em média, de 18 anos.
  • Cada pederasta homossexual violentou em média 150 meninos, enquanto cada pedófilo heterossexual violentou em média 20 meninas.
Só para recordar, embora o articulista homossexual abaixo tente distinguir apenas a pedofilia heterossexual como violência, tratando a pedofilia homossexual como amor, todos os meninos são violentados por homossexuais.
As Ilusões do Movimento Gay, que tem muito mais informações, está disponível gratuitamente para download na primeira página do JesusSite.
Julio Severo
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Amando Garotos: Pedofilia e a Intolerância Contemporânea
Por Denílson Lopes¹
Começo com uma analogia. Na segunda metade do século XIX, a homossexualidade é aprisionada pelos discursos médico, jurídico e religioso, respectivamente como doença, crime e pecado. Emerge um pânico homossexual reafirmado por uma rígida distinção entre amor e amizade e um controle feroz em instituições em que há a presença exclusiva de pessoas de um sexo, sobretudo internatos, ordens religiosas e nas forças armadas.
O homossexual se transforma no anormal, no monstro. Passados 100 anos, por vários motivos que não interessam aqui discutir, a homossexualidade deixa de ser doença, a partir dos critérios da Organização Mundial da Saúde e do Conselho Federal de Psicologia; também não só deixa de ser crime, mas surgem por todo o mundo leis que combatem a homofobia, inclusive em várias cidades brasileiras, no estado do Rio de Janeiro e no DF.
Apesar dos segmentos conservadores de religiões cristãs e fundamentalistas, a anacronia histórica do Cristianismo diante os assuntos relativos à sexualidade como um todo cada vez mais é combatida. Enfim, o homossexual deixou de ser o monstro e o anormal bem como o transgressor dos anos 60 e 70 e está em vias de ser mais um cidadão integrado nos padrões da democracia representativa ocidental, para o melhor ou para o pior.
Hoje em dia, outra prática sexual parece ocupar o lugar da homossexualidade como tabu, estamos falando da pedofilia, verdadeira paranóia globalizada, assunto constante de capas de revistas e manchetes de noticiários na televisão, fazendo com que carreiras e vidas sejam destroçadas diante de uma simples suspeita, como no caso de Michael Jackson, talvez o mais notório, em meio a tantos outros; ministros caiam; o papa se pronuncie; passeatas sejam feitas. Os pedófilos talvez só percam para os árabes como alvo de caça às novas bruxas. Mas do que estamos falando?
Parto da própria etimologia, pedofilia seria gostar de crianças? Desde quando gostar passou a se considerado como violentar? Como pensar uma sociedade que erotiza ao máximo suas crianças nas propagandas, como nas famosas campanhas da Calvin Klein, para dar um exemplo, e programas de televisão na busca de corpos cada vez mais jovens e ao mesmo levanta suspeita sobre qualquer relação inter-etária entre adultos e crianças fora do modelo pais-filhos?
Como bem sabemos, o que Michel Foucault chamou de sexo-rei, ou seja, da centralidade da sexualidade no último século, não só liberou práticas mas criou novas prisões ao dissociar radicalmente sexualidade e afetividade, e reduzir a sexualidade ao meramente genital, ao invés de articular sexualidade e ética, postura defendida por Foucault a partir de uma experiência grega em que a pedofilia teve um papel fundamental. Voltarei a este aspecto mais à frente.
Reafirmo a hipótese e a provocação: a homossexualidade ocupou, no século XIX, o lugar que é hoje da pedofilia. A partir de critérios suposta e novamente científicos (medicina, psicologia), jurídicos e religiosos, a pedofilia se apresenta como doença, crime e pecado, o que é ampliado pelos meios de comunicação de massa. Mera coincidência para realidades bem diferentes?
Talvez possamos afirmar em uma perspectiva radicalmente histórica e cultural, portanto anti-essencialista, anti-naturalista e comparativa, que pelo menos, como no século XIX em relação aos homossexuais, todos falavam por ele, exceto o homossexual propriamente dito ou este só podia falar de um lugar bem determinado, de preferência na cadeia, humilhado em sociedade, melhor ainda se calado, morto.
Hoje todos parecem saber a verdade da pedofilia e defendem suas posições com unhas e dentes, sem dúvidas. Todos falam, exceto os adultos que se interessam (esta palavra é proposital) por crianças e as crianças que se interessam por adultos (talvez até tivéssemos que pensar outro nome, adultófilos, gerontófilos...). Para além da histeria generalizada e de dogmas que são perpetuados, a bem de uma visão mais livre de preconceitos, seria fundamental ouvir aqueles que não têm voz.
Lembremos que segundo os historiadores da infância, a criança parece ser uma invenção moderna, antes um adulto em miniatura, cada vez nas sociedades capitalistas, ela assume atitudes supostamente próprias, configurando um comportamento, um mundo e um segmento de mercado específico. Um primeiro entrave a uma discussão mais aberta sobre a pedofilia ainda é um novo velho puritanismo, o mesmo que ridicularizou Freud quando este afirmou que toda criança, longe do anjo idealizado e inocente, já possuía uma sexualidade.
Se deixarmos de lado este obstáculo, o que muitos ainda têm dificuldades em o fazer, e aceitarmos uma sexualidade infantil, quem seríamos nós para normatizar o que ela deva ser ou definir o que a criança deva desejar? É muito fácil generalizar casos clínicos, estórias específicas como verdades universais. Me permitam duvidar, me permitam apostar que ao lado do abuso sexual de crianças, majoritariamente realizada por homens heterossexuais dentro de suas próprias famílias, o que aliás deve ser combatido e punido a todo custo; há outras estórias.
Apesar da haver tanto uma pedofilia heterossexual como homossexual, salvo engano, a pedofilia como pânico social é uma última estratégia da direita ultra-conservadora de barrar os avanços dos movimento de gays e lésbicas politicamente organizados ao confundirem homossexualidade e pedofilia, fazendo vista grossa a uma longa tradição de homens mais velhos que casavam e casam com jovens moças e meninas, notadamente em nossa cultura, sem que isto nunca tenha causado nenhum escândalo Há outras estórias silenciadas, pouco contadas, para além da violência, que falam também de intimidade, amizade, respeito, admiração, carinho, atenção, compartilhamento e porque não, paixão e amor? Onde podemos encontrá-las?
Não falo aqui como jurista obcecado em determinar uma idade de consentimento para as relações sexuais. Seria a criança o menor de 21, 18, 16 ou 12 anos? Onde termina a infância e começa a pré-adolescência, a adolescência ou a juventude? Não falo aqui como os profissionais de saúde e psicólogos obcecados por uma maturidade afetiva, sexual biológica. Sabe-se lá quando se atinge essa tal maturidade para que só então possa ter autonomia sobre seu próprio corpo. Em todo caso, ainda estou esperando por ela. Espero sinceramente que ela não venha. Procuro também fugir do discurso de fácil apelo dos moralistas de toda ordem, nos púlpitos, nas universidades ou em programas sensacionalistas.
Em meio a tanta intolerância e posições bem marcadas, creio que a arte tem uma contribuição fundamental a dar na criação de dúvidas e proliferação de narrativas diversas, sobretudo no lado mais visível e difícil de ser aceito: a pedofilia homossexual masculina, meu particular tema de interesse desde quando escrevi meu livro O Homem que Amava os Rapazes e Outros Ensaios, fruto de pesquisa sobre a relação entre a homossexualidade masculina, os transgêneros e a arte contemporânea. E é da pedofilia homossexual masculina que quero tratar agora através da arte.
Antes disso contudo, há vários relatos de como culturas não-ocidentais lidam com a pedofilia, seria interessante relembrar talvez o mais conhecido e que lança um forte imaginário em toda história e imaginário ocidentais, até os nossos dias. Seguindo a leitura da Foucault em sua História da Sexualidade, no mundo grego clássico, justamente o que é por nós mais rejeitado era a referência para o discurso amoroso: a relação entre um homem adulto e um menino imberbe, aquele deveria ser uma espécie de tutor na vida intelectual e afetiva, pedagogo de corpo e alma, integrando sexualidade e conhecimento do mundo, ética e cidadania, todo estes elementos fundamentais para a formação do homem grego.
O que não era aceito socialmente era exatamente o que cada vez mais é considerado normal entre nós como padrão conservador do "gay saudável", ou seja, relações estáveis ou não entre homens adultos. Isto nos dá o que pensar. Passando para o mundo latino, a pedofilia persiste como prática comum a ponto de se criar até mesmo um culto ao jovem amante do imperador Adriano - Antínoo - alçado à categoria de deus, após sua morte precoce. Com o Cristianismo, o efebo, objeto de tantos poemas é gradualmente substituído pela moça virgem como musa e objeto do desejo, mas esta outra tradição se manteve viva na arte.
Pensando no século XX de Morte em Veneza de Thomas Mann, brilhantemente adaptado por Visconti em 1968, estória da paixão de um artista em crise por um garoto em Veneza; passando por Gide e Pasolini, que nas suas vidas e obras foram apaixonados pelos garotos suburbanos e não-ocidentais ao romance For a Lost Soldier de Rudi van Dantzig, estória de amor entre um menino e soldado durante a Segunda Guerra Mundial na Holanda, The Folding Star de Allan Hollinghurst, paixão entre professor e aluno; e A Conseqüência de Alexander Ziegler , ou na ficção brasileira, temos exemplos desde a relação inter-etária e inter-racial em O Bom Crioulo de Adolfo Caminha, ainda no século XIX, até os belos contos História Natural de Autran Dourado, novamente uma estória entre professor e aluno, e o poético O Menino e o Vento de Aníbal Machado até a contos de Caio Fernando Abreu, como em O Pequeno Monstro, a estória de dois primos.
Esta tradição permanece talvez ainda mais forte, sobretudo na poesia lírica, de Fernando Pessoa, Kaváfis a Sandro Penna, e, particularmente na poesia brasileira, desde Mario de Andrade a poetas contemporâneos como Glauco Mattoso, Roberto Piva, Guilherme Zarvos, entre outros. A criança e o adolescente aparecem como encarnação da androginia, como femme fatale ou não aquele que deve ser conduzido ou educado mas aquele que conduz e educa, invertendo as relações assimétricas e hierarquizadas na tradição greco-latina.
Esta tradição lírica brasileira, caso fosse melhor conhecida, teria uma importante contribuição para a redução, feita com o aval dos meios de comunicação de massa, das relações entre homens adultos e crianças/adolescentes/menores à pornografia, violência e estupro. Para exemplificar, cito trecho de soneto de Mario de Andrade, de 1937, em que não só a beleza imberbe é apresentada sem temor, mas o garoto possuindo um desejo ativo e não só como objeto de contemplação e desejo.
"Tudo o que há de melhor e mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente"

Ou para citar um exemplo, agora contemporâneo, "Waw" de Valdo Mota (1996), em que os papéis rígidos são embaralhados em posições precárias e móveis, fazendo um importante diálogo com o documentário "Chicken Hawk" de Adi Siderman, inédito no circuito comercial em que são apresentados depoimento do polêmico grupo NAMBLA, Associação Norte-Americana pelo Amor entre Homens e Garotos, que foi expulso até da Associação Intenacional de Gays e Lésbicas, que congrega militantes de todo o mundo, tão o grau como este tema é polêmico e vítima de preconceito:
"Tem a ver o papo
de que sou o pai
que você não teve.
Faça-me de pai,
De mãe e de quantos
Irmãos necessite
O seu desamaparo"

Talvez se vivêssemos em tempos menos intolerantes, nem precisássemos evocar tantos textos literários, talvez em outros lugares da sociedade seriam ouvidas outras estórias que falam para além da redução mecanicista do violentado que vira violentador ou marginal, a que nem mesmo o grande Almodóvar parece não escapar em seu último filme "Má Educação", ao contrário do libertário e amoral "O Que eu Fiz para Merecer isto", filme que dirigiu em 1984. Talvez num futuro, que espero próximo, haja um tempo em que falar de pedofilia seja apenas falar de uma expressão afetiva, tão impura e divina, violenta e intensa, terna e animal, como outra qualquer, apenas parte, do que na falta de uma palavra melhor, ainda chamamos, da condição humana.
[1] Professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, pesquisador do CNPq, autor de O Homem que Amava Rapazes e Outros Ensaios (RJ, Aeroplano, 2002) e Nós os Mortos: Melancolia e Neo-Barroco (RJ, 7Letras, 1999).
Fonte: Site homossexual ParouTudo.

ATENÇÃO: Depois que este artigo infame foi desmascarado no meu blog, para que todos vejam o que está acontecendo, o site homossexual Paroutudo escondeu ou removeu o artigo original. Que as autoridades se mobilizem para agir contra isso.

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