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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Defensores dos Direitos Humanos Chineses pedem o fim da política do filho único

Trinta anos após a introdução da política do filho único, as autoridades chinesas têm usado a violência e a coerção para implementá-la, de acordo com um relatório publicado nesta terça-feira, 28 de dezembro, pela entidade Defensores dos Direitos Humanos Chineses.
O relatório registra que mulheres grávidas de oito meses foram arrastadas para o hospital para realização de abortos tardio e terras foram confiscadas das famílias que não compareceram para os testes de gravidez. O documento também denuncia campanhas organizadas pelo governo para incentivar pessoas a denunciarem vizinhos que tentem descumprir a política.
O grupo de direitos humanos diz que a atual discussão sobre essa norma - se tem sido eficaz e se a população da China possui muitas pessoas idosas – perdeu o ponto. Eles dizem que a política está levando à violência generalizada, principalmente contra as mulheres.
Oficiais de planejamento familiar são incentivados e pressionados a cumprir metas, o que os leva a forçar cada vez mais abortos e esterilizações. As famílias que não cumprem a política são punidas com multas ou espancamentos brutais, e seus filhos têm educação e emprego negados.
Os Defensores dos Direitos Humanos Chineses pedem que a política do filho único seja abolida e substituída por um sistema de incentivos e melhor educação.
Fonte: “NTD TV”
No site do Instituto Millenium, leia mais sobre a China no artigo de Rodrigo Constantino, “Google versus China”, no relato de viagem (com fotos) do jornalista Claudio Mafra à China e na notícia: China proíbe família de Liu Xiaobo de receber Nobel em seu nome.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Revista Economist admite que baixa fertilidade está matando a economia do Japão

Matthew Cullinan Hoffman
12 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — A revista socialmente esquerdista Economist está admitindo que a economia do Japão está passando por problemas profundos devido aos baixos índices de fertilidade e uma população que está envelhecendo, o que ameaça falir o sistema de seguridade social e levar à perpétua estagnação econômica.
Numa seção especial dedicada ao Japão que apareceu na edição de 20-27 de novembro, a Economist lamenta que o “Japão esteja entrando num turbilhão demográfico. É a sociedade que está envelhecendo mais rápido no planeta Terra e é o primeiro grande país da história a ter começado a decrescer rapidamente devido a causas naturais”.
No entanto, as causas que a Economist chama de “naturais” incluem controle da natalidade artificial e aborto, combinados com uma tendência de casar mais tarde ou simplesmente não casar. Como consequência de índices de natalidade cada vez menores e uma expectativa de vida mais longa, “a idade média (44 anos) e expectativa de vida (83 anos) do Japão estão entre as mais elevadas e seu índice de natalidade (1,4 por mulher) está entre os mais baixos do mundo. Nos próximos 40 anos sua população, atualmente em 127 milhões, está prevista para cair em 38 milhões. Em 2050, de cada dez japoneses, quatro terão mais de 65 anos”.
A população em idade de trabalho no Japão vem caindo há anos, a Economist diz. “Em 1995, logo antes que a economia começou a perder o vigor, a população em idade de trabalho atingiu seu ponto mais elevado, 87 milhões. Desde então, caiu de forma acentuada. Se as atuais tendências continuarem, em 20 anos cairá em 20 milhões, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa de População e Seguridade Social. Em 2050 cairá abaixo de 50 milhões, formando um quadro demográfico quase perfeito de curva de sino em apenas um século. Entre as nações ricas, só a Alemanha sofrerá uma queda semelhante”.
A economia japonesa vem se estagnando há uma década e meia, mas se essas tendências demográficas continuarem, “As duas ‘décadas perdidas’ de estagnação econômica no Japão desde 1990 poderão se revelar não como uma irregularidade”, escreve a Economist. A economia, diz a revista, está agora “descendo escada rolante”.
Os efeitos da implosão populacional do Japão não estão sendo sentidos apenas na produtividade per capita, mas também no sistema de seguridade social, que está sendo ameaçado por um desequilíbrio crescente entre trabalhadores e aposentados.
“Quando as aposentadorias públicas foram introduzidas na década de 1960, havia 11 trabalhadores para cada aposentado”, diz a Economist. “Agora há 2,6, com uma média de OCDE de quatro. Num sinal de crescente desilusão com o sistema de aposentadoria, quase 40% dos trabalhadores autônomos não estão pagando suas contribuições previdenciárias”.
Os alicerces para o Japão adotar a contracepção e o aborto foram colocados por Margaret Sanger, a fundadora do movimento internacional de controle da natalidade, e a feminista socialista Shidzue Kato. As duas começaram a promover a contracepção no Japão na década de 1920, embora tais políticas tivessem sido reconhecidas e rejeitadas na época como uma ameaça à sociedade japonesa.
Depois que os Estados Unidos conquistaram o Japão, Kato e outros socialistas foram eleitos para o Parlamento do Japão, e o governo aprovou a Lei de Proteção Eugênica de 1948, a qual permitiu a contracepção e o aborto. O índice de aborto está atualmente estimado em aproximadamente 250.000 por ano.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Copyright © LifeSiteNews.com. Este texto está sob a licença de Creative Commons Attribution-No Derivatives. Você pode republicar este artigo ou partes dele sem solicitar permissão, contanto que o conteúdo não seja alterado e seja claramente atribuído a “Notícias Pró-Família”. Qualquer site que publique textos completos ou grandes partes de artigos de Notícias Pró-Família ou LifeSiteNews.com em português tem a obrigação adicional de incluir um link ativo para “NoticiasProFamilia.blogspot.com”. O link não é exigido para citações. A republicação de artigos de Notícias Pró-Família ou LifeSiteNews.com que são originários de outras fontes está sujeita às condições dessas fontes.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O CASO DATENA E O RETROCESSO DAS INSTITUIÇÕES JURÍDICAS

Hoje li a seguinte manchete: Datena é condenado em processo por “discriminação homofóbica”. Será que estamos diante de mais uma burrice judicial? De acordo com matéria do jornal Folha de S. Paulo:
“O apresentador José Luiz Datena foi condenado a uma advertência pela Secretaria da Justiça de SP, no processo administrativo que a Defensoria Pública move contra ele por “discriminação homofóbica”. O processo partiu de uma reportagem no programa “Brasil Urgente” durante a qual Datena usou expressões como “travecão butinudo do caramba” ao falar de um travesti. A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta segunda-feira (27). “Não houve discriminação. Falei sobre a agressão [depois da briga, o travesti empurrou o cinegrafista] e não sobre a opção sexual da pessoa”, diz Datena. A Defensoria vai recorrer pedindo que Datena seja multado em R$ 246 mil.” (1)
Não conheço a íntegra do processo que envolve o apresentador, mas gostaria de começar pela própria inconsistência conotativa da palavra “homofobia”, que é interpretada como “medo de homossexual”. Alguém em sã consciência acredita que Datena tenha medo de homossexuais?
Se o fundamento da condenação foi a frase “travecão butinudo do caramba”, conforme reportagem, o que seria então se afirmasse “travecão feio pra burro”? Ora, só mesmo qualificando como imbecil esse tipo de patrulhamento que se aproveita de qualquer gesto ou atitude minimamente suspeita com relação aos homossexuais para transformar o caso em uma apoteose pró-sodomia. Quando isso vai encontrar bom termo? Viva o bom senso, por favor.
Lembro-me de outro apresentador de televisão que foi “demitido por telefone” sob alegação similar e depois saiu da TV brasileira, mudando-se para Portugal. Há algum tempo em entrevista televisiva ele afirmou que dentre as “ajudantes de palco” no seu programa no Brasil existiam dois transexuais, coisa que ninguém sabia. Olha o paradoxo: o rapaz empregava legalmente dois homossexuais e era acusado de homofóbico. Vai entender…
Contudo, é possível sim entender: trata-se de um tipo orquestrado de histeria coletiva das chamadas “minorias pseudo-perseguidas”. Se isso vai ser a regra a partir de agora neste Brasil de pão e circo, que tal incluir dentre as tais minorias os judeus ortodoxos, os cristãos conservadores, os índios pataxos, os negros albinos, os orientais pintados com trejeitos de imbecis nas paródias no cinema e na televisão.
Ronald Dworkin disse:
“O Estado poderia então proibir a expressão vívida, visceral ou emotiva de qualquer opinião ou convicção que tivesse uma possibilidade razoável de ofender um grupo menos privilegiado. Poderia por na ilegalidade a apresentação da peça o mercador de Veneza, os filmes sobre mulheres que trabalham fora e não cuidam direito dos filhos e as caricaturas ou paródias de homossexuais nos shows de comediantes. Os tribunais teriam de pesar o valor dessas formas de expressão, enquanto contribuições culturais ou políticas, contra os danos que poderiam causar ao status ou à sensibilidade dos grupos atingidos”. (2)
O Grupo Gay da Bahia pode afirmar que a Jesus Cristo era gay, porém quando os cristãos afirmam exatamente o inverso é discriminatório? Que justiça de dois pesos e duas medidas é esta? O que há é uma justiça oficial e vendida aos holofotes da mídia chique, que distribui Medalhas Oficiais para quem defende um circo de horrores em avenida pública, uma verdadeira defenestração da imagem humana, chamada “passeata gay”. Medalhas para quem defende a família e a monogamia não existem. Só cadeia e multa.  Não é a toa que a nossa balança de exportação de aberrações sexuais seja superavitária, além de sermos um destino preferido para o turismo sexual, pedofílico principalmente.  Aliás, desde a colonização, nada mudou neste sul do equador.
A questão é a seguinte: cada um tem o direito de defender a ideologia que quiser, seja ela pró ou contra qualquer coisa (desde que lícita). Mas o Estado não pode violentar a liberdade de pensamento e de expressão dos seus cidadãos, pois isso equivale a estabelecer um ilegítimo tribunal cultural. Conheço um líder cristão que está fora do Brasil, pois foi ameaçado por grupos homossexuais brasileiros que querem promover uma batalha de processos e violências contra ele. É o imperialismo gayizista que almeja CALAR toda voz discordante, enquanto tenta PURIFICAR com a Vara do Estado o mundo dos insuportáveis heterossexuais convictos. Aliás, quem ainda tem a coragem de possuir e defender convicções neste mundo de ambigüidades convenientes?
Sou contra qualquer incitação de violência ideológica ou física, porém cercear a livre manifestação do pensamento é um retorno à idade das trevas.
Deus nos livre destes radicais da mordaça. Viva a liberdade.
Dr. Belcorígenes de Souza Sampaio Júnior é advogado, professor de Direito Constitucional e Hermenêutica Jurídica, Mestre em Direito Pela UFPE, Mestre em Direitos Fundamentais (D.E.A.) Pela UBU/Espanha, doutorando (em fase de depósito de Tese) em Liberdades Públicas pela UBU/ Espanha. E-mail do autor: bsampaiojr@bol.com.br
2- DWORKIN, Ronald. O direito da Liberdade: a leitura moral da Constituição norte-americana. Trad. M. Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

PAZ NA TERRA SEM PAZ NO ÚTERO?

via Notícias Pró-Família de Julio Severo em 23/12/10
 
22 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Selecionando a árvore de Natal com as crianças, cantando hinos de Natal na igreja, ensinando meus filhos sobre o nascimento de nosso Salvador… Eu poderia continuar falando de muitas coisas que trazem alegria para mim durante a época de Natal; é uma época verdadeiramente cheia de encanto no ano.
Passo também boa parte da época de Natal sofrendo, triste e angustiado ao observar o que está acontecendo com nosso mundo. O Natal é um tempo para amor falso, paz fajuta e para as pessoas se iludirem na ideia de acharem que amam a Deus. A maior parte do que vemos é blasfêmia e não agrada nem um pouco a Deus.
Deus conhece os nossos corações e sabe que a maior parte das celebridades que nos fazem mamar veneno e sujeira o ano inteiro só estão celebrando os feriados da boca para fora.. Esse tipo de elogio fajuto e fé indiferente não agrada a Deus; não está de forma alguma enganando a Ele.
A época de Natal parece tornar todo mundo “cristão” por duas semanas; infelizmente, não funciona desse jeito.. Às vezes acho que Deus se entristece mais na época de Natal do que em qualquer outra época do ano. O terceiro mandamento é que não devemos tomar o nome do Senhor em vão, e é exatamente isso que acontece quando o que falamos para de Deus ou de Deus é da boca para fora.
Alguns de vocês podem estar pensando que preciso apenas me alegrar; afinal, é época de Natal. “Vamos lá, Bryan, apenas veja o lado bom de tudo e goze os feriados; não seja tão ‘ranzinza’”. Garanto-lhe que estou gozando meus momentos em casa neste exato momento, e toda a beleza e encanto desta época do ano.
Meu problema é que quando realmente penso na essência desta estação, não consigo ignorar as mentiras que estão fazendo com que a escuridão engula a sociedade. Se eu continuar a olhar para essa escuridão com cegueira nos olhos e apenas fingir que tudo está bem, então desperdicei minha oportunidade de brilhar a Luz da Verdade e da Esperança.
Um dos dizeres mais famosos que se ouve na época de Natal é de Lucas 2:14: “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens”. (Lucas 2:14)
“Paz na terra”: tal simples sentimento é algo que ouvimos tantas vezes nesta época do ano. A maioria das pessoas parece querer paz na terra nesta época do ano: nada de guerras e nada de crimes, só todo mundo amando uns aos outros.
O problema com muitos que pedem paz na terra é que eles também defendem uma epidemia de violência que está varrendo a terra e tirando vidas inocentes aos milhões todos os anos. Na semana passada um tão chamado tribunal de “direitos humanos” ordenou que um país que protege a vida humana inocente comece a permitir a destruição da vida.
Nosso atual presidente foi eleito com a promessa de continuar a deteriorar as proteções aos nossos cidadãos americanos que estão ainda em gestação e até fortalecer as forças que querem matar esses americanos. O presidente Obama, que afirma ser seguidor de Cristo, na verdade louva e apoia um das organizações mais malignas, destrutivas e cheias de ódio do planeta terra, a Federação de Planejamento Familiar*.
Anos atrás, a Federação de Planejamento Familiar zombou publicamente do conceito de “Paz na terra” ao distribuir cartões de Natal que declaravam “Escolha** na terra”. Neste ano, a Federação de Planejamento Familiar está vendendo cupons que as pessoas podem usar para cobrir as despesas para matar seu próprio filho [em gestação numa clínica de aborto].
O lugar mais seguro para todas as crianças deveria ser, de fato, o útero de suas mães. Contudo, para milhares de crianças nos EUA todos os dias, esse é o lugar mais perigoso de se estar.
Como é que podemos verdadeiramente esperar ter paz na terra quando não há nenhuma paz no útero? Como podemos falar de amar uns aos outros e acabar com as guerras quando travamos guerra contra os seres humanos mais inocentes e vulneráveis do planeta terra?
Desde 22 de janeiro de 1973, nós como nação estamos roubando a oportunidade de mais de 53.000.000 de bebês de terem seu primeiro Natal. Mais de 53.000.000 de menininhos e menininhas nunca conhecerão a alegria de desembrulhar papéis de presente e gritar de alegria ao verem o que está dentro.
O que está acontecendo é o contrário. Eles estão gritando, sem que ninguém os ouça, enquanto são despedaçados do útero de suas mães. Eles nunca serão embrulhados num cobertor e colocados nos braços de seus pais. Eles, como os papéis de presente na manhã de Natal, acabarão no lixo: jogados fora.
Enquanto isso continuar acontecendo na terra, não dá mesmo para haver paz.
Uma semana depois do Natal vem outro dia importante, o Dia de Ano Novo. Todo ano, milhões de pessoas fazem decisões e promessas de Ano Novo de fazerem mudanças para o ano que está chegando.
Vou pedir que você faça comigo uma decisão de Ano Novo. Passei os últimos vinte quatro anos de minha vida lutando para acabar com o holocausto do aborto e vou me comprometer a continuar essa luta até dar meu último suspiro.
Quero saber se você quer fazer uma decisão comigo de assumir uma posição mais forte do que nunca antes, de levantar a voz mais do que nunca antes, de clamar mais alto do que nunca antes e de brilhar a luz de Cristo mais do que nunca antes.
Você tomará essa posição conosco?
Este artigo foi publicado com permissão de BryanKemper.com
Nota do tradutor: A Federação de Planejamento Familiar, fundado por feminista marxista Margaret Sanger, é a maior rede de clínicas de aborto dos EUA.
** Nota do tradutor: “Escolha” (do original em inglês “choice”) é termo usado por ativistas e grupos pró-aborto dos EUA. “Escolha” se refere à “escolha de matar o próprio filho em gestação”. Em vez de se apresentarem como grupos ou indivíduos pró-aborto, eles preferem o termo “pró-escolha” (pro-choice).
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

ABORTO: MÁCULA MORAL DO MUNDO OCIDENTAL

Jim Caviezel chama o aborto de “a maior mácula moral do mundo ocidental”

Matthew Cullinan Hoffman
ESPANHA, 20 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — O ator James Caviezel, que fez papel de Jesus Cristo no filme “A Paixão de Cristo” de Mel Gibson, disse numa entrevista recente na Espanha que ele considera o aborto como “a maior mácula moral do mundo ocidental”.
Caviezel estava no país para promover seu filme mais recente “The Stoning of Soraya M.” (O Apedrejamento de Soraya M.), que acabou de ser lançado ali. A publicação Sembrar perguntou a ele: “Em sua opinião, qual é a maior mácula moral do mundo ocidental?”
“O aborto, sem dúvida alguma”, respondeu Caviezel. “Como disse Madre Teresa de Calcutá, ‘o aborto acabará levando o mundo à guerra nuclear’. Quando um homem mata um homem numa situação de guerra, é ruim, muito triste. Atila [o Huno] foi mais longe. Ele disse ‘não só vou matar os homens, mas também as mulheres e crianças’. Ele levantou o padrão para outro nível”.
Contudo, acrescentou Caviezel, “o aborto vai muito mais longe: quando a própria mãe mata seu filho ela está indo contra sua própria natureza, contra seu próprio instinto. As pessoas falam sobre ‘direito de escolher’, mas quando uma mulher faz isso, quando ela destrói a vida de seu filho em gestação, então chegamos ao limite. Não dá para o nível se elevar mais com relação à maldade”.
“Nos Estados Unidos, houve 50 milhões de abortos desde 1973”, disse o ator, comentando que o número é igual ao número total de mortes na 2ª Guerra Mundial, e “um quinto de nossa população”.
“O triângulo demográfico está se invertendo. A base continua diminuindo, até que não haja mais jovens para sustentar a população. Então, o que acontece? A fase seguinte é o tão chamado ‘direito de morrer’, eutanásia”, disse ele.
Caviezel, católico devoto que tem estrelado em numerosos filmes cinematográficos importantes, foi conduzido por suas convicções pró-vida a adotar duas meninas deficientes da China. Seu papel no filme A Paixão de Cristo lhe rendeu aclamações no mundo inteiro.
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

A BANALIZAÇÃO DA SEXUALIDADE

Sobre a banalização da sexualidade
A propósito de algumas leituras de «Luz do mundo»


Por ocasião da publicação do livro-entrevista de Bento XVI, «Luz do Mundo», foram difundidas diversas interpretações não correctas, que geraram confusão sobre a posição da Igreja Católica quanto a algumas questões de moral sexual. Não raro, o pensamento do Papa foi instrumentalizado para fins e interesses alheios ao sentido das suas palavras, que aparece evidente se se lerem inteiramente os capítulos onde se alude à sexualidade humana. O interesse do Santo Padre é claro: reencontrar a grandeza do projecto de Deus sobre a sexualidade, evitando a banalização hoje generalizada da mesma.

Algumas interpretações apresentaram as palavras do Papa como afirmações em contraste com a tradição moral da Igreja; hipótese esta, que alguns saudaram como uma viragem positiva, e outros receberam com preocupação, como se se tratasse de uma ruptura com a doutrina sobre a contracepção e com a atitude eclesial na luta contra o HIV-SIDA. Na realidade, as palavras do Papa, que aludem de modo particular a um comportamento gravemente desordenado como é a prostituição (cf. «Luce del mondo», 1.ª reimpressão, Novembro de 2010, p. 170-171), não constituem uma alteração da doutrina moral nem da praxis pastoral da Igreja.

Como resulta da leitura da página em questão, o Santo Padre não fala da moral conjugal, nem sequer da norma moral sobre a contracepção. Esta norma, tradicional na Igreja, foi retomada em termos bem precisos por Paulo VI no n.º 14 da Encíclica Humanae vitae, quando escreveu que «se exclui qualquer acção que, quer em previsão do acto conjugal, quer durante a sua realização, quer no desenrolar das suas consequências naturais, se proponha, como fim ou como meio, tornar impossível a procriação». A ideia de que se possa deduzir das palavras de Bento XVI que seja lícito, em alguns casos, recorrer ao uso do preservativo para evitar uma gravidez não desejada é totalmente arbitrária e não corresponde às suas palavras nem ao seu pensamento. Pelo contrário, a este respeito, o Papa propõe caminhos que se podem, humana e eticamente, percorrer e em favor dos quais os pastores são chamados a fazer «mais e melhor» («Luce del mondo», p. 206), ou seja, aqueles que respeitam integralmente o nexo indivisível dos dois significados – união e procriação – inerentes a cada acto conjugal, por meio do eventual recurso aos métodos de regulação natural da fecundidade tendo em vista uma procriação responsável.

Passando à página em questão, nela o Santo Padre refere-se ao caso completamente diverso da prostituição, comportamento que a moral cristã desde sempre considerou gravemente imoral (cf. Concílio Vaticano II, Constituição pastoral Gaudium et spes, n.º 27; Catecismo da Igreja Católica, n.º 2355). A recomendação de toda a tradição cristã – e não só dela – relativamente à prostituição pode resumir-se nas palavras de São Paulo: «Fugi da imoralidade» (1 Cor 6, 18). Por isso a prostituição há-de ser combatida, e os entes assistenciais da Igreja, da sociedade civil e do Estado devem trabalhar por libertar as pessoas envolvidas.

A este respeito, é preciso assinalar que a situação que se criou por causa da actual difusão do HIV-SIDA em muitas áreas do mundo tornou o problema da prostituição ainda mais dramático. Quem sabe que está infectado pelo HIV e, por conseguinte, pode transmitir a infecção, para além do pecado grave contra o sexto mandamento comete um também contra o quinto, porque conscientemente põe em sério risco a vida de outra pessoa, com repercussões ainda na saúde pública. A propósito, o Santo Padre afirma claramente que os preservativos não constituem «a solução autêntica e moral» do problema do HIV-SIDA e afirma também que «concentrar-se só no preservativo significa banalizar a sexualidade», porque não se quer enfrentar o desregramento humano que está na base da transmissão da pandemia. Além disso é inegável que quem recorre ao preservativo para diminuir o risco na vida de outra pessoa pretende reduzir o mal inerente ao seu agir errado. Neste sentido, o Santo Padre assinala que o recurso ao preservativo, «com a intenção de diminuir o perigo de contágio, pode entretanto representar um primeiro passo na estrada que leva a uma sexualidade vivida diversamente, uma sexualidade mais humana». Trata-se de uma observação totalmente compatível com a outra afirmação do Papa: «Este não é o modo verdadeiro e próprio de enfrentar o mal do HIV».

Alguns interpretaram as palavras de Bento XVI, recorrendo à teoria do chamado «mal menor». Todavia esta teoria é susceptível de interpretações desorientadoras de matriz proporcionalista (cf. João Paulo II, Encíclica Veritatis splendor, nn.os 75-77). Toda a acção que pelo seu objecto seja um mal, ainda que um mal menor, não pode ser licitamente querida. O Santo Padre não disse que a prostituição valendo-se do preservativo pode ser licitamente escolhida como mal menor, como alguém sustentou. A Igreja ensina que a prostituição é imoral e deve ser combatida. Se alguém, apesar disso, pratica a prostituição mas, porque se encontra também infectado pelo HIV, esforça-se por diminuir o perigo de contágio inclusive mediante o recurso ao preservativo, isto pode constituir um primeiro passo no respeito pela vida dos outros, embora a malícia da prostituição permaneça em toda a sua gravidade. Estas ponderações estão na linha de quanto a tradição teológico-moral da Igreja defendeu mesmo no passado.

Em conclusão, na luta contra o HIV-SIDA, os membros e as instituições da Igreja Católica saibam que é preciso acompanhar as pessoas, curando os doentes e formando a todos para que possam viver a abstinência antes do matrimónio e a fidelidade dentro do pacto conjugal. A este respeito, é preciso também denunciar os comportamentos que banalizam a sexualidade, porque – como diz o Papa – são eles precisamente que representam a perigosa razão pela qual muitas pessoas deixaram de ver na sexualidade a expressão do seu amor. «Por isso, também a luta contra a banalização da sexualidade é parte do grande esforço a fazer para que a sexualidade seja avaliada positivamente e possa exercer o seu efeito positivo sobre o ser humano na sua totalidade» («Luce del mondo», p. 170).

Fonte: Bollettino

domingo, 5 de dezembro de 2010

A SOCIEDADE BRASILEIRA É CONTRA O ABORTO, CASAMENTO DE HOMOSSEXUAIS E LEGALIZAÇÃO DO CONSUMO DE DROGAS

População rejeita mudanças na lei sobre aborto, gays drogas
Temas polêmicos, que marcaram a campanha presidencial deste ano, foram abordados em pesquisa Vox Populi encomendada pelo iG
Matheus Pichonelli, iG São Paulo | 05/12/2010 06:59

Eleita presidenta com 55 milhões de votos, a petista Dilma Rousseff pode ter dificuldade em conseguir apoio popular se quiser fazer mudanças nas leis que tratam de temas polêmicos como aborto, direitos dos homossexuais e consumo de drogas. Pesquisa Vox Populi encomendada pelo iG para mapear as expectativas dos brasileiros em relação ao futuro governo mostra que a maioria da população não aceitaria mudanças nas regras que regem atualmente essas áreas.
O aborto, em especial, entrou na pauta da disputa eleitoral deste ano e levou tanto Dilma quanto o presidenciável José Serra (PSDB) a prometerem que, caso eleitos, não promoveriam mudanças nas regras relacionadas ao assunto.
Dilma, que antes de ser candidata havia dado declarações favoráveis à descriminalização do procedimento, viu aumentar, na reta final da campanha, a resistência de setores religiosos à sua candidatura. A petista acabou escrevendo uma carta se comprometendo a manter as leis sobre o tema e “de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País”.
Para 82% dos entrevistados pelo Vox Populi, o aborto não deveria deixar de ser crime no País. Entre os habitantes das regiões Norte e Centro Oeste, 89% defendem a punição de quem pratica o ato, contra 77% no Sudeste, o menor índice. De acordo com o instituo, é mais fácil encontrar quem defenda mudanças na lei do aborto em grandes cidades (19%) do que em municípios menores (9%).
O índice de rejeição à prática do aborto não varia significativamente entre gênero, idade e renda  –  é maior apenas entre eleitores com nível superior: 19%, contra 10% de quem estudou até a quarta série, por exemplo. Os índices de rejeição também são os mesmos entre eleitores de Dilma e Serra (82%) e atingem altos patamares tanto entre eleitores religiosos (86% dos evangélicos rechaçam a ideia) como entre os que dizem não ter religião (78%).
Para 72% das pessoas, o governo Dilma não deveria sequer propor uma lei que discriminalize o aborto – ideia compartilhada tanto por católicos (73%) como por evangélicos (75%) e membros de outras religiões (69%).
 

O aborto deve deixar de ser crime no Brasil?

Vox Populi


União civil entre homossexuais
O Vox Populi mostra que, para 60% da população, a união civil entre homossexuais não deveria ser permitida no País - como prevê a lei atual - contra 35% que defendem o direito. A maior resistência é observada nas regiões Centro Oeste e Norte (69%) e em municípios pequenos (66%); a menor resistência é observada no Sudeste – onde 39% defendem os direitos.
A pesquisa mostra que quanto mais velha é a população, menor a aceitação sobre o assunto (69% dos que tem 50 anos ou mais não aceitam a mudança). Quanto maior a escolaridade, maior também a aceitação: 44% dos quem têm ensino superior apoiam a mudança na lei – e 63% dos que estudaram até a quarta série dizem que homossexuais não podem se unir legalmente.
O menor índice de aceitação à união entre gays é identificado entre evangélicos: 19% (contra 37% dos católicos praticantes e 41% dos católicos não praticantes). Com pessoas de outras religiões, a aceitação chega a 59%.
A rejeição não é exclusiva apenas a entrevistados que se declaram religiosos: 56% dos que afirmam não ter religião também se dizem contra a união civil entre gays – o maior índice, entretanto, é entre evangélicos: 78%. Eleitores que declararam voto em Dilma e Serra têm praticamente os mesmos índices de rejeição à ideia: 36% e 33%, respectivamente.
A pesquisa aponta também que os brasileiros rejutam qualquer proposta de lei para ampliar o direito civil entre homossexuais e igualar a união ao casamento: 63% dos entrevistados se dizem contrários à ideia – entre os evangélicos, o índice chega a 79%.

A união civil entre homossexuais deveria ser permitida no Brasil?

Vox Populi

Ainda segundo o Vox Populi, a adoção de crianças por casais homossexuais não deve ser permitida no País para a maioria dos entrevistados: 61%. A maior rejeição é identificada no Nordeste (70%). A ideia enfrenta maior resistência também em cidades menores e entre eleitores mais velhos.
Quando a pergunta é se o governo deveria propor uma lei que facilite a adoção de crianças por casais gays, a maioria dos entrevistados (64%) diz ser contra. No Nordeste, o índice é de 71% e entre evangélicos, de 77%.

 

A adoção deveria ser permitida para casais homossexuais?

Vox Populi

Uso de drogas
O Vox Populi mostrou também na pesquisa que praticamente nove em cada dez brasileiros (87%) são contra a descriminalização do uso de drogas. O índice chega a 93% no Nordeste.
A ideia é quase igualmente rechaçada entre entrevistados de diferentes religiões, idades, escolaridade e preferências políticas. Para a maioria (72%) o governo nem sequer deveria propor uma lei prevendo a descriminalização das drogas – no Sul, a rejeição à ideia de mudança na lei alcança 81% da população.
A margem de erro do levantamento, que contou com 2.200 entrevistas feitas entre os dias 19 e 23 de novembro, é de 2,1 pontos percentuais.
 


O uso de drogas deveria deixar de ser crime no País?

Vox Populi

Fonte e texto completo:

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

VETADO O PROJETO CLÍNICA DA MULHER, NA COLÔMBIA

Planejado pela prefeitura de Medellín, buscava promover o aborto


MEDELLÍN, sexta-feira, 3 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – A mobilização da sociedade civil com “milhares de mulheres, país de família e sobretudo jovens” foi uma das razões da recente interrupção do projeto da Clínica da Mulher na cidade de Medellín, Colômbia.
Eles “se pronunciaram contra este projeto que buscava, na perspectiva de gênero, atentar contra a mulher, a vida e a família, diz o comunicado de imprensa enviado a ZENIT pela rede Antioquia Pró-vida.
A decisão de deter a clínica foi tomada pelo Conselho Territorial de Segurança Social em Saúde, por considerar que o projeto estava incompleto, não mencionando custos de construção e recursos.
O projeto da Clínica da Mulher fazia parte do Plano de Desenvolvimento da Prefeitura de Medellín. Sua construção custaria, aproximadamente, 8 mil dólares aos cofres públicos. A manutenção deveria contar com a aprovação da Direção Seccional de Saúde de Antioquia.
O foco deste centro seria proporcionar às mulheres com recursos limitados noções básicas da chamada saúde sexual e reprodutiva, no âmbito da ideologia de gênero.
Na semana passada, Carlos Mario Rivera, chefe da Direção da Seccional de Saúde de Antioquia, anunciou em declarações à imprensa que a clínica não tinha sido aprovada pelo Conselho Territorial porque “como está pensada, não é uma necessidade nem para Medellín, nem para a área metropolitana”.
Aborto
Entre os serviços que a clínica pretendia oferecer estava a prática do aborto nos casos despenalizados pela Corte Constitucional Colombiana, em 2006: perigo para a saúde da mãe, má formação do feto e em caso de estupro ou incesto.
Entretanto, apesar de se tratar de um centro de saúde feminina, não estavam planejados partos, cesarianas ou cuidados para a gravidez.
Diante do projeto de criação do centro, nasceu o grupo Antioquia Pró-vida, que reuniu milhares de membros inconformados pelo enfoque dado à nova clínica e que propunham novas ações no âmbito do respeito à vida.
O grupo realizou duas marchas pela vida em Medellín, além de enviar cartas ao prefeito da cidade, Alonso Salazar.
As manifestações foram uma das causas da crise política na prefeitura de Medellín e que levou à renúncia de vários funcionários, entre eles a secretária municipal de saúde, Luz María Agudelo, e da titular da secretaria para a mulher, Rocío Pineda. Ambas defendiam a construção da clínica.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O RESPEITO À VIDA CONSTITUI O DESENVOLVIMENTO DOS POVOS

O respeito à vida constitui o desenvolvimento dos povos, afirma autoridade vaticana


.- O Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde, Dom Zygmunt Zimowski, assinalou que o respeito a toda vida humana desde a concepção até a morte natural constitui e alenta o desenvolvimento integral dos povos.

Assim indicou o prelado em sua exposição "O respeito à vida é o desenvolvimento dos povos" realizada esta quarta-feira na Universidade Católica do Sacro Cuore em Roma no marco de uma conferência organizada pela Associação Internacional Caridade Política sobre a encíclica Caritas in veritate do Papa Bento XVI.

O Arcebispo explicou que a doutrina social da Igreja "põe atenção ao cuidado da vida humana, invocando para ela as garantias de tutela e expressando de tal modo sua missão no mundo".

A partir dos anos 70, prosseguiu o Arcebispo, as ameaças à vida humana aumentaram com o desfalecimento das leis que protegiam este direito fundamental contra o aborto, a eutanásia, passando pela inseminação artificial, a conservação de embriões congelados e a fecundação in vitro, que fizeram que o embrião humano "fora reduzido a uma mera coisa e a proibição de matar um ser humano inocente perdesse seu caráter imperativo".

Estes problemas, afirma Dom Zimowski, constituem "um grande desafio para a doutrina social cristã e exigem respostas adequadas" que já se vieram dando com foi expresso pelo Papa João Paulo II em sua encíclica Evangelium Vitae e agora com a Caritas in veritate de Bento XVI.

Neste texto, disse o Arcebispo, se adverte a "difusão de uma mentalidade anti-natalista que com freqüência se busca transmitir a outros estados como se isto fosse progresso cultural" e recorda que "essa mentalidade se incrementou por causa das legislações contrárias à vida nos países economicamente mais desenvolvidos".

O Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde denuncia logo que esta maneira de ver a vida se vê "reforçada" quando os estados e as leis terminam defendendo os atentados contra a vida como o aborto como se fossem "direitos da liberdade individual" que procuram ademais legitimá-los socialmente.

Uma tarefa para o cristão que luta com uma sociedade nestes termos, prossegue, "é desenvolver uma ética capaz de argumentar em termos psicológicos e sócio-culturais o sentido e o valor da norma do respeito à vida. Trata-se de superar argumentos muito abstratos ou formais que não ajudam a uma aproximação adequada ante a experiência imediata".

Depois de reiterar a necessidade de recuperar na vida social a tradição civil que reconhece o caráter sagrado da vida humana e a obrigação de não matar, o Presidente do chamado dicastério afirma que é necessário também superar a idéia difundida da "qualidade de vida" quando entendida como "eficiência econômica, consumismo desordenado, beleza e culto à vida física, colocando de lado as dimensões relacionais, espirituais e religiosas da existência".

O Arcebispo se refere também à urgência de mudar alguns paradigmas atuais: a vida não é uma mercadoria, mas um dom "que deve ser valorado adequadamente", especialmente ao interior das famílias "que devem trabalhar a favor de uma cultura da vida" apontando ao desenvolvimento humano integral ao qual se refere o Papa Bento XVI.

"Seria muito pobre e egoísta uma sociedade que, seduzida pelo bem-estar, esquecesse que a vida é o bem maior", adverte.

"Se respeitar a vida significa cuidar, para que esse cuidado seja possível é indispensável que apareça uma razão de proximidade: uma razão pela qual o destino do outro me corresponde e eleva um imperativo ante minha liberdade. O respeito pela pessoa em sentido ético e não redutivamente jurídico comporta um cuidado ativo desta e não uma simples atitude de não causar-lhe um dano", assinala o Arcebispo.

O desenvolvimento humano integral e respeitoso da vida humana, ao qual o Papa Bento XVI dedica a encíclica Caritas in veritate, conclui Dom Zimowski, "converte-se em uma figura essencial de uma ‘caridade’ digna do homem, caridade que hoje de fato se define com freqüência com o sinônimo de ‘solidariedade’ ou inclusive de ‘caridade política’".
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